Após enfermeira ser morta por policiais, MP cobra o uso de câmeras portáteis por agentes de segurança no AC

MP-AC marcou audiência pública para o próximo dia 19 de dezembro para discutir uso de câmeras corporais pelas forças de segurança. MP apura a aquisição e uso de câmeras portáteis pela Segurança no AC Divulgação/Secom/GESP Após a morte da enfermeira Géssica Melo de Oliveira, de 32 anos, durante uma perseguição policial em Senador Guiomard, o Ministério Público do Acre (MP-AC) abriu um inquérito civil para cobrar a aquisição e uso de câmeras operacionais portáteis pelas Forças de Segurança do Acre. A enfermeira teve um pulmão e o estômago atingidos por dois tiros disparados pelo Grupo Especial de Fronteira (Gefron) durante perseguição policial no último dia 2, na BR-317. A informação é da agricultora e irmã dela, Vladirene Melo de Oliveira. No inquérito, instaurado pelo promotor de Justiça Rodrigo Curtio, o MP-AC considerou que um dos objetivos estratégicos do Plano Estadual de Segurança Pública é a aquisição de equipamentos de segurança e proteção individual, equipamentos de vigilância, monitoramento e revista, o que ainda não ocorre no estado. Leia mais: Caso Géssica: enfermeira morta em perseguição policial teve pulmão e estômago atingidos por tiros Especialista em segurança avalia ação da PM que matou enfermeira em surto no AC: 'legítima defesa não se sustenta' Enfermeira morre após ser baleada durante perseguição policial no Acre Família nega que enfermeira morta em perseguição policial no AC tinha pistola: 'forjaram isso' Veja o que se sabe sobre a morte de enfermeira após perseguição policial no Acre O g1 questionou a Secretaria Estadual de Segurança Pública do Acre (Sejus) para saber se existe algum projeto para a aquisição desses equipamentos no estado e aguarda resposta até última atualização desta reportagem. Além disso, o documento cita que, segundo relatório do Conselho Nacional de Secretários de Segurança Pública (Consesp) sobre a padronização do uso de câmeras corporais, foram apontados os ganhos alcançados pelos departamentos policiais do Brasil e de outros países, após a implantação das câmeras corporais destacando os benefícios de proteção ao policial, fortalecimento da prova, redução do uso de força, entre outros. Ainda segundo o MP-AC, um procedimento preparatório já havia sido instaurado para apurar o andamento da aquisição e utilização desses equipamentos, ocasião em que a Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Estado (Sejusp) informou que a aquisição dos objetos estava em tramitação, inclusive com a disponibilidade de recursos específicos para este fim, conforme resposta da Polícia Militar ao ofício do MP-AC. O inquérito civil tem o prazo de um ano para ser concluído, podendo ser prorrogado por igual período. Audiência pública Com objetivo de auxiliar o inquérito civil instaurado, o MP-AC, por meio da Promotoria Especializada de Tutela do Direito Difuso à Segurança Pública, marcou para o próximo dia 19 de dezembro uma audiência pública para discutir a utilização de câmeras corporais pelas forças de segurança pública do estado. O evento acontecerá das 8h às 12h, no auditório do edifício-sede do MPAC. Para o promotor, as circunstâncias da morte de Géssica de Oliveira, após uma abordagem policial, demandam a necessidade de apurar a conveniência de ser adotado pelas as forças policiais o uso desses equipamentos. Géssica Oliveira foi morta durante perseguição policial no interior do Acre Arquivo pessoal O que diz a polícia A coordenação do Gefron informou que um policial da equipe viu a motorista com uma arma nas mãos e atirou em direção ao carro na tentativa de pará-lo. Após os disparos, no quilômetro 102, nas proximidades da entrada do Ramal da Alcoolbrás, a enfermeira perdeu o controle do veículo, entrou em uma área de mata e bateu o carro em uma cerca. Em nota, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Acre (Sejusp) disse que foram efetuados cinco disparos em direção ao veículo. Contudo, a família afirma que havia mais de dez perfurações no veículo. O carro foi retirado do local em cima de guincho e, conforme a família, levado para a PRF-AC. Géssica tinha depressão e, possivelmente, teve um surto no sábado e saiu dirigindo em direção ao interior do estado. Após a morte, a polícia diz que achou uma pistola 9 milímetros jogada próximo ao local onde o carro parou. A arma é de uso restrito das forças armadas. A família contesta a versão apresentada e diz que a enfermeira não tinha arma de fogo. Dois militares, que estavam na ação foram presos em flagrante e, nessa segunda-feira (4), a Justiça decretou a prisão preventiva dos policiais durante audiência de custódia. O Ministério Público Estadual (MP-AC) pediu a conversão da prisão em flagrante em preventiva. Os policiais seguem presos no Batalhão Ambiental, em Rio Branco. O MP-AC também instaurou, de ofício, um procedimento investigatório criminal para apurar possível crime de homicídio doloso que teria sido praticado pelos militares. A investigação ocorre independentemente da apuração anunciada pela Corregedoria da Po

Após enfermeira ser morta por policiais, MP cobra o uso de câmeras portáteis por agentes de segurança no AC

MP-AC marcou audiência pública para o próximo dia 19 de dezembro para discutir uso de câmeras corporais pelas forças de segurança. MP apura a aquisição e uso de câmeras portáteis pela Segurança no AC Divulgação/Secom/GESP Após a morte da enfermeira Géssica Melo de Oliveira, de 32 anos, durante uma perseguição policial em Senador Guiomard, o Ministério Público do Acre (MP-AC) abriu um inquérito civil para cobrar a aquisição e uso de câmeras operacionais portáteis pelas Forças de Segurança do Acre. A enfermeira teve um pulmão e o estômago atingidos por dois tiros disparados pelo Grupo Especial de Fronteira (Gefron) durante perseguição policial no último dia 2, na BR-317. A informação é da agricultora e irmã dela, Vladirene Melo de Oliveira. No inquérito, instaurado pelo promotor de Justiça Rodrigo Curtio, o MP-AC considerou que um dos objetivos estratégicos do Plano Estadual de Segurança Pública é a aquisição de equipamentos de segurança e proteção individual, equipamentos de vigilância, monitoramento e revista, o que ainda não ocorre no estado. Leia mais: Caso Géssica: enfermeira morta em perseguição policial teve pulmão e estômago atingidos por tiros Especialista em segurança avalia ação da PM que matou enfermeira em surto no AC: 'legítima defesa não se sustenta' Enfermeira morre após ser baleada durante perseguição policial no Acre Família nega que enfermeira morta em perseguição policial no AC tinha pistola: 'forjaram isso' Veja o que se sabe sobre a morte de enfermeira após perseguição policial no Acre O g1 questionou a Secretaria Estadual de Segurança Pública do Acre (Sejus) para saber se existe algum projeto para a aquisição desses equipamentos no estado e aguarda resposta até última atualização desta reportagem. Além disso, o documento cita que, segundo relatório do Conselho Nacional de Secretários de Segurança Pública (Consesp) sobre a padronização do uso de câmeras corporais, foram apontados os ganhos alcançados pelos departamentos policiais do Brasil e de outros países, após a implantação das câmeras corporais destacando os benefícios de proteção ao policial, fortalecimento da prova, redução do uso de força, entre outros. Ainda segundo o MP-AC, um procedimento preparatório já havia sido instaurado para apurar o andamento da aquisição e utilização desses equipamentos, ocasião em que a Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Estado (Sejusp) informou que a aquisição dos objetos estava em tramitação, inclusive com a disponibilidade de recursos específicos para este fim, conforme resposta da Polícia Militar ao ofício do MP-AC. O inquérito civil tem o prazo de um ano para ser concluído, podendo ser prorrogado por igual período. Audiência pública Com objetivo de auxiliar o inquérito civil instaurado, o MP-AC, por meio da Promotoria Especializada de Tutela do Direito Difuso à Segurança Pública, marcou para o próximo dia 19 de dezembro uma audiência pública para discutir a utilização de câmeras corporais pelas forças de segurança pública do estado. O evento acontecerá das 8h às 12h, no auditório do edifício-sede do MPAC. Para o promotor, as circunstâncias da morte de Géssica de Oliveira, após uma abordagem policial, demandam a necessidade de apurar a conveniência de ser adotado pelas as forças policiais o uso desses equipamentos. Géssica Oliveira foi morta durante perseguição policial no interior do Acre Arquivo pessoal O que diz a polícia A coordenação do Gefron informou que um policial da equipe viu a motorista com uma arma nas mãos e atirou em direção ao carro na tentativa de pará-lo. Após os disparos, no quilômetro 102, nas proximidades da entrada do Ramal da Alcoolbrás, a enfermeira perdeu o controle do veículo, entrou em uma área de mata e bateu o carro em uma cerca. Em nota, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Acre (Sejusp) disse que foram efetuados cinco disparos em direção ao veículo. Contudo, a família afirma que havia mais de dez perfurações no veículo. O carro foi retirado do local em cima de guincho e, conforme a família, levado para a PRF-AC. Géssica tinha depressão e, possivelmente, teve um surto no sábado e saiu dirigindo em direção ao interior do estado. Após a morte, a polícia diz que achou uma pistola 9 milímetros jogada próximo ao local onde o carro parou. A arma é de uso restrito das forças armadas. A família contesta a versão apresentada e diz que a enfermeira não tinha arma de fogo. Dois militares, que estavam na ação foram presos em flagrante e, nessa segunda-feira (4), a Justiça decretou a prisão preventiva dos policiais durante audiência de custódia. O Ministério Público Estadual (MP-AC) pediu a conversão da prisão em flagrante em preventiva. Os policiais seguem presos no Batalhão Ambiental, em Rio Branco. O MP-AC também instaurou, de ofício, um procedimento investigatório criminal para apurar possível crime de homicídio doloso que teria sido praticado pelos militares. A investigação ocorre independentemente da apuração anunciada pela Corregedoria da Polícia Militar do Acre e pela Polícia Civil. Imagens mostram início da perseguição à enfermeira que morreu baleada pela polícia no Acre Reveja os telejornais do Acre