Apagão em SP: governo cria linha de crédito para empreendedores que tiveram problemas com temporais

Medida será válida a partir da próxima segunda-feira, segundo Fernando Haddad. Todos os bancos que participam do Pronampe podem oferecer o crédito. Apagão em SP: Lula anuncia linha de crédito federal para quem teve prejuízos O governo federal vai disponibilizar R$ 150 milhões em linha de crédito pelo Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) para os empreendedores que foram comprovadamente afetadas pelo apagão em São Paulo, que aconteceu depois dos temporais da última semana. "Faremos por São Paulo o mesmo que fizemos pelo Rio Grande do Sul", disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O anúncio foi feito nesta sexta-feira (18), durante evento "Acredite no Seu Negócio", em São Paulo. A ação conjunta dos ministérios serviu para reforçar as opções para empreendedores do programa Acredita, de renegociação e microcrédito para empreendedores. (saiba mais abaixo) "As pessoas que tiveram prejuízo por conta do apagão, que perderam geladeira, perderam inclusive a sua comida, o pequeno comerciante que perdeu alguma coisa. Nós vamos estabelecer uma linha de crédito para que as pessoas possam se recuperar e viver muito bem. Eu não quero saber de quem é a culpa. Eu quero saber quem é que vai dar a solução", prosseguiu. Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o evento de lançamento do Programa Acredita, no Parque Mirante no Allianz Parque, em São Paulo Ricardo Stuckert / PR O dinheiro para a linha de crédito virá do Fundo Garantidor de Operações (FGO), explicou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A medida será válida a partir da próxima segunda-feira (21). "Estamos reservando só R$ 150 milhões desse recurso que está disponível para liberar uma linha de crédito pelo Pronampe pelas pessoas (empreendedores) que foram comprovadamente afetadas pelo apagão na região metropolitana de São Paulo", disse Haddad. O ministro também afirmou que as empresas que estão dentro da área afetada em São Paulo que já devem para o Pronampe terão uma prorrogação de dois meses para o pagamento das dívidas, sem a necessidade de comprovar que teve prejuízos com os apagões. "Essa linha de crédito é para a atividade econômica", disse o ministro, explicando que para as pessoas físicas que tiveram algum dano em bens por conta do apagão devem recorrer à concessionário de energia elétrica para repor os prejuízos. O ministro do Empreendedorismo e Pequenas Empresas, Márcio França, disse que a ideia dessa linha de crédito para São Paulo surgiu a partir do episódio do Rio Grande do Sul. "Lá fecharam 38 mil empresas e nós já reabrimos 31 mil com um empréstimo diferente". "Lá, a gente (governo) empresta 100 e a pessoa sai devendo do banco 60 para pagar daqui a dois anos. O objetivo do presidente, falando aqui hoje, é que as pessoas de São Paulo, que tiveram seus comércios prejudicados — e foram muitas pessoas por conta do apagão — possam ter algo semelhante, ou seja, um financiamento que vai ser emprestado para o pequeno empreendedor que perdeu", explicou França. O ministro afirmou que a ideia é que o dinheiro fique mais barato para os empreendedores que foram afetados. Novas linhas de crédito com o programa Acredita O presidente Lula garantiu ainda que o governo vai fazer de tudo para que o programa para empreendedores funcione bem, e para que os bancos privados ofereçam taxas de juros baixas e boas condições de crédito para os pequenos empresários. "Vamos proibir que a burocracia não faça funcionar o Acredita, porque senão as pessoas vão no banco e vão xingar a gente", disse. Por fim, Lula disse que o Brasil só será capaz de crescer e se desenvolver quando o dinheiro estiver na mão de toda a população. "Muito dinheiro na mão de poucos significa o empobrecimento deste país. Agora, dinheiro na mão de muitos significa outras histórias [de sucesso]."Programa Acredita O governo federal diz que a proposta do evento é impulsionar mecanismos de estímulo aos pequenos negócios, presentes em eixos do programa Acredita, "conjunto de iniciativas desenhado para reestruturar o mercado de crédito no Brasil, estimular a geração de renda e emprego, além de promover o crescimento econômico". O Acredita reúne as medidas que abrangem a liberação de crédito para o fortalecimento de negócios administrados por pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), chamado "Acredita no Primeiro Passo", e uma linha de crédito destinada a MEIs e microempresas com faturamento anual limitado a R$ 360 mil, chamada de ProdCred 360. Por fim, o governo também voltou a divulgar as bases do "Desenrola" dos pequenos negócios, com foco em dívidas bancárias de microempreendedores individuais (MEIs), as microempresas e as pequenas empresas com faturamento bruto anual até R$ 4,8 milhões. Até o momento, o Desenrola para empresas renegociou R$ 3 bilhões, de 100 mil comércios, segundo o governo. Veja mais detalhes na entrevista do ministro Márcio França ao g1. Ministro Márcio França, fala ao g1 sobre o programa Acredita

Apagão em SP: governo cria linha de crédito para empreendedores que tiveram problemas com temporais

Medida será válida a partir da próxima segunda-feira, segundo Fernando Haddad. Todos os bancos que participam do Pronampe podem oferecer o crédito. Apagão em SP: Lula anuncia linha de crédito federal para quem teve prejuízos O governo federal vai disponibilizar R$ 150 milhões em linha de crédito pelo Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) para os empreendedores que foram comprovadamente afetadas pelo apagão em São Paulo, que aconteceu depois dos temporais da última semana. "Faremos por São Paulo o mesmo que fizemos pelo Rio Grande do Sul", disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O anúncio foi feito nesta sexta-feira (18), durante evento "Acredite no Seu Negócio", em São Paulo. A ação conjunta dos ministérios serviu para reforçar as opções para empreendedores do programa Acredita, de renegociação e microcrédito para empreendedores. (saiba mais abaixo) "As pessoas que tiveram prejuízo por conta do apagão, que perderam geladeira, perderam inclusive a sua comida, o pequeno comerciante que perdeu alguma coisa. Nós vamos estabelecer uma linha de crédito para que as pessoas possam se recuperar e viver muito bem. Eu não quero saber de quem é a culpa. Eu quero saber quem é que vai dar a solução", prosseguiu. Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o evento de lançamento do Programa Acredita, no Parque Mirante no Allianz Parque, em São Paulo Ricardo Stuckert / PR O dinheiro para a linha de crédito virá do Fundo Garantidor de Operações (FGO), explicou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A medida será válida a partir da próxima segunda-feira (21). "Estamos reservando só R$ 150 milhões desse recurso que está disponível para liberar uma linha de crédito pelo Pronampe pelas pessoas (empreendedores) que foram comprovadamente afetadas pelo apagão na região metropolitana de São Paulo", disse Haddad. O ministro também afirmou que as empresas que estão dentro da área afetada em São Paulo que já devem para o Pronampe terão uma prorrogação de dois meses para o pagamento das dívidas, sem a necessidade de comprovar que teve prejuízos com os apagões. "Essa linha de crédito é para a atividade econômica", disse o ministro, explicando que para as pessoas físicas que tiveram algum dano em bens por conta do apagão devem recorrer à concessionário de energia elétrica para repor os prejuízos. O ministro do Empreendedorismo e Pequenas Empresas, Márcio França, disse que a ideia dessa linha de crédito para São Paulo surgiu a partir do episódio do Rio Grande do Sul. "Lá fecharam 38 mil empresas e nós já reabrimos 31 mil com um empréstimo diferente". "Lá, a gente (governo) empresta 100 e a pessoa sai devendo do banco 60 para pagar daqui a dois anos. O objetivo do presidente, falando aqui hoje, é que as pessoas de São Paulo, que tiveram seus comércios prejudicados — e foram muitas pessoas por conta do apagão — possam ter algo semelhante, ou seja, um financiamento que vai ser emprestado para o pequeno empreendedor que perdeu", explicou França. O ministro afirmou que a ideia é que o dinheiro fique mais barato para os empreendedores que foram afetados. Novas linhas de crédito com o programa Acredita O presidente Lula garantiu ainda que o governo vai fazer de tudo para que o programa para empreendedores funcione bem, e para que os bancos privados ofereçam taxas de juros baixas e boas condições de crédito para os pequenos empresários. "Vamos proibir que a burocracia não faça funcionar o Acredita, porque senão as pessoas vão no banco e vão xingar a gente", disse. Por fim, Lula disse que o Brasil só será capaz de crescer e se desenvolver quando o dinheiro estiver na mão de toda a população. "Muito dinheiro na mão de poucos significa o empobrecimento deste país. Agora, dinheiro na mão de muitos significa outras histórias [de sucesso]."Programa Acredita O governo federal diz que a proposta do evento é impulsionar mecanismos de estímulo aos pequenos negócios, presentes em eixos do programa Acredita, "conjunto de iniciativas desenhado para reestruturar o mercado de crédito no Brasil, estimular a geração de renda e emprego, além de promover o crescimento econômico". O Acredita reúne as medidas que abrangem a liberação de crédito para o fortalecimento de negócios administrados por pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), chamado "Acredita no Primeiro Passo", e uma linha de crédito destinada a MEIs e microempresas com faturamento anual limitado a R$ 360 mil, chamada de ProdCred 360. Por fim, o governo também voltou a divulgar as bases do "Desenrola" dos pequenos negócios, com foco em dívidas bancárias de microempreendedores individuais (MEIs), as microempresas e as pequenas empresas com faturamento bruto anual até R$ 4,8 milhões. Até o momento, o Desenrola para empresas renegociou R$ 3 bilhões, de 100 mil comércios, segundo o governo. Veja mais detalhes na entrevista do ministro Márcio França ao g1. Ministro Márcio França, fala ao g1 sobre o programa Acredita