Coreia do Norte muda Constituição e classifica Coreia do Sul como 'Estado hostil'
Na prática, mudança significa que o regime do Norte irá abandonar um plano de reunificação. Com isso, Sul passa a ser visto como um país separado, mas inimigo. Coreia do Norte explode trechos de estrada em fronteira com Coreia do Sul A Coreia do Norte aprovou uma mudança na Constituição para classificar a Coreia do Sul como "Estado hostil". As informações foram divulgadas pela agência de notícias estatal KCNA, nesta quarta-feira (16). ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Os parlamentares norte-coreanos se reuniram na semana passada para discutir as mudanças. Na prática, a partir de agora a Coreia do Norte passa a reconhecer a Coreia do Sul como um país separado — e inimigo. Em um comunicado divulgado nesta quarta-feira, a Coreia do Norte anunciou que tinha concluído uma operação para destruir rodovias e ferrovias que tinham ligação com o Sul. As autoridades informaram que a ação é mais uma etapa concluída para a separação definitiva entre os dois países. "Essa é uma medida inevitável e legítima tomada de acordo com a Constituição da Coreia do Norte, a qual define claramente a Coreia do Sul como um Estado hostil", informou a KCNA. Pyongyang também disse que o Ministério da Defesa está adotando todas as medidas para fortificar as fronteiras com o Sul. Nenhum outro detalhe foi informado. Em janeiro, o líder Kim Jong-un havia determinado que a Assembleia Popular da Coreia do Norte aprovasse uma emenda na Constituição para excluir o objetivo de reunificação entre as duas Coreias. A Coreia do Sul afirmou que vai continuar com os esforços pela reunificação, mas que responderá qualquer eventual agressão da Coreia do Norte. LEIA TAMBÉM Coreia do Norte entrou na guerra da Ucrânia e enviou militares e armas à Rússia, diz Zelensky Envio de armas nucleares dos EUA ao Japão levaria ao colapso da estabilidade regional na Ásia, adverte Rússia 'Minha presidência não será uma continuação da de Biden', diz Kamala Harris em entrevista na TV Instabilidade O líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, durante uma cerimônia de despedida do presidente da Rússia, Vladimir Putin, no aeroporto de Pyongyang, Coreia do Norte, em 19 de junho de 2024 Sputnik/Gavriil Grigorov/Pool via REUTERS A Coreia do Norte e a Coreia do Sul vivem uma escalada de tensões sem precedentes nos últimos anos. Os episódios mais recentes contam com o lançamento de um satélite espião, o rompimento de acordo de não agressão, testes com mísseis balísticos e uma "guerra" de balões. As duas Coreias estão tecnicamente em guerra, mesmo com um armistício assinado na década de 1950. Com a piora nas relações, os Estados Unidos firmaram uma parceria com a Coreia do Sul, o que resultou em vários exercícios militares conjuntos. A Coreia do Norte respondeu as manobras com testes de mísseis. No início de 2024, Kim Jong-un ordenou que seu Exército se prepare para uma possível guerra. Ele também afirmou que passou a ver a Coreia do Sul como um Estado inimigo. Em junho, Rússia e Coreia do Norte assinaram um acordo de ajuda mútua que resgata relações semelhantes que os países tinham durante a Guerra Fria. VÍDEOS: mais assistidos do g1
Na prática, mudança significa que o regime do Norte irá abandonar um plano de reunificação. Com isso, Sul passa a ser visto como um país separado, mas inimigo. Coreia do Norte explode trechos de estrada em fronteira com Coreia do Sul A Coreia do Norte aprovou uma mudança na Constituição para classificar a Coreia do Sul como "Estado hostil". As informações foram divulgadas pela agência de notícias estatal KCNA, nesta quarta-feira (16). ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Os parlamentares norte-coreanos se reuniram na semana passada para discutir as mudanças. Na prática, a partir de agora a Coreia do Norte passa a reconhecer a Coreia do Sul como um país separado — e inimigo. Em um comunicado divulgado nesta quarta-feira, a Coreia do Norte anunciou que tinha concluído uma operação para destruir rodovias e ferrovias que tinham ligação com o Sul. As autoridades informaram que a ação é mais uma etapa concluída para a separação definitiva entre os dois países. "Essa é uma medida inevitável e legítima tomada de acordo com a Constituição da Coreia do Norte, a qual define claramente a Coreia do Sul como um Estado hostil", informou a KCNA. Pyongyang também disse que o Ministério da Defesa está adotando todas as medidas para fortificar as fronteiras com o Sul. Nenhum outro detalhe foi informado. Em janeiro, o líder Kim Jong-un havia determinado que a Assembleia Popular da Coreia do Norte aprovasse uma emenda na Constituição para excluir o objetivo de reunificação entre as duas Coreias. A Coreia do Sul afirmou que vai continuar com os esforços pela reunificação, mas que responderá qualquer eventual agressão da Coreia do Norte. LEIA TAMBÉM Coreia do Norte entrou na guerra da Ucrânia e enviou militares e armas à Rússia, diz Zelensky Envio de armas nucleares dos EUA ao Japão levaria ao colapso da estabilidade regional na Ásia, adverte Rússia 'Minha presidência não será uma continuação da de Biden', diz Kamala Harris em entrevista na TV Instabilidade O líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, durante uma cerimônia de despedida do presidente da Rússia, Vladimir Putin, no aeroporto de Pyongyang, Coreia do Norte, em 19 de junho de 2024 Sputnik/Gavriil Grigorov/Pool via REUTERS A Coreia do Norte e a Coreia do Sul vivem uma escalada de tensões sem precedentes nos últimos anos. Os episódios mais recentes contam com o lançamento de um satélite espião, o rompimento de acordo de não agressão, testes com mísseis balísticos e uma "guerra" de balões. As duas Coreias estão tecnicamente em guerra, mesmo com um armistício assinado na década de 1950. Com a piora nas relações, os Estados Unidos firmaram uma parceria com a Coreia do Sul, o que resultou em vários exercícios militares conjuntos. A Coreia do Norte respondeu as manobras com testes de mísseis. No início de 2024, Kim Jong-un ordenou que seu Exército se prepare para uma possível guerra. Ele também afirmou que passou a ver a Coreia do Sul como um Estado inimigo. Em junho, Rússia e Coreia do Norte assinaram um acordo de ajuda mútua que resgata relações semelhantes que os países tinham durante a Guerra Fria. VÍDEOS: mais assistidos do g1