Dólar engata 6ª queda seguida e renova menor patamar desde novembro
A moeda fechou em queda de 0,10%, cotada a R$ 5,9122, com mercado de olho nas políticas tarifárias de Trump e na expectativa por novas decisões de juros no Brasil e nos EUA. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, operava em alta na última hora do pregão. Notas de real e dólar Amanda Perobelli/ Reuters O dólar engatou a 6ª queda consecutiva e fechou a sessão desta segunda-feira (27) cotado em R$ 5,91. O movimento veio em meio à indicação de que as políticas tarifárias de Donald Trump, novo presidente dos EUA, podem ser mais moderadas do que o esperado, após a maior economia do mundo anunciar um acordo com a Colômbia sobre os voos de deportação. (entenda mais abaixo) Além disso, investidores seguem na expectativa pelas novas decisões de juros do Banco Central do Brasil (BC) e do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americnao), que devem ser divulgadas na próxima quarta-feira (29). No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) já sinalizou que deve voltar aumentar a taxa básica de juros (Selic) em 1 ponto percentual, levando-a ao nível de 13,25% ao ano. A projeção leva em conta a força da inflação no país nos últimos meses. Já nos EUA, o mercado espera que o Fed mantenha suas taxas de juros inalteradas entre 4,25% e 4,50% ao ano, em um momento em que a inflação parece controlada, mas com o cenário econômico carregado de incertezas. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em alta na última hora do pregão. Veja abaixo o resumo dos mercados. SAIBA MAIS: ÚLTIMO PREGÃO DE 2024: Dólar acumulou alta 27% no ano; Ibovespa teve recuo de 10% DE R$ 5,67 PARA ACIMA DE R$ 6: Entenda a disparada do dólar desde o fim de 2024 O TOM DE LULA: Falas do presidente impactaram a moeda em 2024; entenda Dólar acumula alta de quase 28% em 2024 Dólar Ao final da sessão, o dólar recuou 0,10%, cotado a R$ 5,9122. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,8997. Veja mais cotações. Na última sexta-feira (24), a moeda norte-americana fechou em queda de 0,13%, cotada a R$ 5,9180. Com o resultado, acumulou: queda de 2,43% na semana; recuo de 4,23% no mês e no ano. a Ibovespa Já o Ibovespa operava em alta na última hora do pregão. Na sexta, o índice fechou em queda de 0,03%, aos 122.447 pontos. Com o resultado, acumulou: alta de 0,08% na semana; ganho de 1,80% no mês e no ano. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? Apesar de a segunda-feira ter uma agenda mais tranquila e sem grandes divulgações, a semana é marcada por uma série de dados e decisões importantes e que devem mexer com o mercado. O destaque fica com a Super Quarta (19), em que o Copom, do BC, e o Fed anunciam suas novas taxas de juros para o Brasil e os Estados Unidos. Por aqui, o mercado espera uma alta de 1% para a taxa Selic, que pode chegar ao patamar de 13,25% ao ano. Além disso, investidores já esperam uma outra alta de mesmo nível na próxima reunião do Copom, em março, o que levaria os juros a 14,25% ao ano. A expectativa do mercado, então, fica com o comunicado do Comitê após a reunião. Esse documento costuma trazer sinalizações sobre quais serão os próximos passos do BC em relação aos juros e o que está no radar dos dirigentes. Juros maiores no país elevam a rentabilidade dos títulos públicos e tendem a atrair mais investidores, o que pode gerar mais entrada de dólar no Brasil e reduzir a pressão sobre o real. O Boletim Focus, relatório do BC que reúne as projeções de economistas do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos do país, mostram que o mercado prevê a taxa Selic a 15% ao ano até o fim de 2025. Os juros altos são esperados porque o Brasil vive um período de alta na inflação, com o mercado esperando maior pressão sobre os preços neste ano. Na edição desta semana do Boletim Focus, as projeções para a inflação saltaram de 5,08% para 5,50%. A meta de inflação para 2025 é de 3,0% e será considerada cumprida se permanecer em um intervalo entre 1,5% e 4,5%. Já nos EUA, a expectativa é que o Fed mantenha suas taxas inalteradas entre 4,25% e 4,50% ao ano, à espera de novos indicadores econômicos que mostrem como anda a economia do país. A chegada de Trump ao poder pode gerar uma maior pressão inflacionária, caso o presidente cumpra suas promessas de aumentar as tarifas de produtos importados. Isso aumentaria os preços para os consumidores americanos e pressionaria o Fed por uma política monetária mais firme, com juros altos para conter o avanço dos preços. A semana também tem a divulgação de novos dados de emprego no Brasil e nos EUA, números da atividade econômica nos EUA e na Europa e decisão sobre juros na zona do euro. Além disso, os sinais de que as ameaças tarifárias de Trump podem ser contornadas também ficam sob os holofotes — principalmente após a notícia de que a Colômbia evitou por pouco uma guerra comercial com os EUA no último domingo (26), após diplomatas de ambos os governos chegarem a um acordo sobre voos d


A moeda fechou em queda de 0,10%, cotada a R$ 5,9122, com mercado de olho nas políticas tarifárias de Trump e na expectativa por novas decisões de juros no Brasil e nos EUA. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, operava em alta na última hora do pregão. Notas de real e dólar Amanda Perobelli/ Reuters O dólar engatou a 6ª queda consecutiva e fechou a sessão desta segunda-feira (27) cotado em R$ 5,91. O movimento veio em meio à indicação de que as políticas tarifárias de Donald Trump, novo presidente dos EUA, podem ser mais moderadas do que o esperado, após a maior economia do mundo anunciar um acordo com a Colômbia sobre os voos de deportação. (entenda mais abaixo) Além disso, investidores seguem na expectativa pelas novas decisões de juros do Banco Central do Brasil (BC) e do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americnao), que devem ser divulgadas na próxima quarta-feira (29). No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) já sinalizou que deve voltar aumentar a taxa básica de juros (Selic) em 1 ponto percentual, levando-a ao nível de 13,25% ao ano. A projeção leva em conta a força da inflação no país nos últimos meses. Já nos EUA, o mercado espera que o Fed mantenha suas taxas de juros inalteradas entre 4,25% e 4,50% ao ano, em um momento em que a inflação parece controlada, mas com o cenário econômico carregado de incertezas. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em alta na última hora do pregão. Veja abaixo o resumo dos mercados. SAIBA MAIS: ÚLTIMO PREGÃO DE 2024: Dólar acumulou alta 27% no ano; Ibovespa teve recuo de 10% DE R$ 5,67 PARA ACIMA DE R$ 6: Entenda a disparada do dólar desde o fim de 2024 O TOM DE LULA: Falas do presidente impactaram a moeda em 2024; entenda Dólar acumula alta de quase 28% em 2024 Dólar Ao final da sessão, o dólar recuou 0,10%, cotado a R$ 5,9122. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,8997. Veja mais cotações. Na última sexta-feira (24), a moeda norte-americana fechou em queda de 0,13%, cotada a R$ 5,9180. Com o resultado, acumulou: queda de 2,43% na semana; recuo de 4,23% no mês e no ano. a Ibovespa Já o Ibovespa operava em alta na última hora do pregão. Na sexta, o índice fechou em queda de 0,03%, aos 122.447 pontos. Com o resultado, acumulou: alta de 0,08% na semana; ganho de 1,80% no mês e no ano. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? Apesar de a segunda-feira ter uma agenda mais tranquila e sem grandes divulgações, a semana é marcada por uma série de dados e decisões importantes e que devem mexer com o mercado. O destaque fica com a Super Quarta (19), em que o Copom, do BC, e o Fed anunciam suas novas taxas de juros para o Brasil e os Estados Unidos. Por aqui, o mercado espera uma alta de 1% para a taxa Selic, que pode chegar ao patamar de 13,25% ao ano. Além disso, investidores já esperam uma outra alta de mesmo nível na próxima reunião do Copom, em março, o que levaria os juros a 14,25% ao ano. A expectativa do mercado, então, fica com o comunicado do Comitê após a reunião. Esse documento costuma trazer sinalizações sobre quais serão os próximos passos do BC em relação aos juros e o que está no radar dos dirigentes. Juros maiores no país elevam a rentabilidade dos títulos públicos e tendem a atrair mais investidores, o que pode gerar mais entrada de dólar no Brasil e reduzir a pressão sobre o real. O Boletim Focus, relatório do BC que reúne as projeções de economistas do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos do país, mostram que o mercado prevê a taxa Selic a 15% ao ano até o fim de 2025. Os juros altos são esperados porque o Brasil vive um período de alta na inflação, com o mercado esperando maior pressão sobre os preços neste ano. Na edição desta semana do Boletim Focus, as projeções para a inflação saltaram de 5,08% para 5,50%. A meta de inflação para 2025 é de 3,0% e será considerada cumprida se permanecer em um intervalo entre 1,5% e 4,5%. Já nos EUA, a expectativa é que o Fed mantenha suas taxas inalteradas entre 4,25% e 4,50% ao ano, à espera de novos indicadores econômicos que mostrem como anda a economia do país. A chegada de Trump ao poder pode gerar uma maior pressão inflacionária, caso o presidente cumpra suas promessas de aumentar as tarifas de produtos importados. Isso aumentaria os preços para os consumidores americanos e pressionaria o Fed por uma política monetária mais firme, com juros altos para conter o avanço dos preços. A semana também tem a divulgação de novos dados de emprego no Brasil e nos EUA, números da atividade econômica nos EUA e na Europa e decisão sobre juros na zona do euro. Além disso, os sinais de que as ameaças tarifárias de Trump podem ser contornadas também ficam sob os holofotes — principalmente após a notícia de que a Colômbia evitou por pouco uma guerra comercial com os EUA no último domingo (26), após diplomatas de ambos os governos chegarem a um acordo sobre voos de deportação. Trump, havia ameaçado punir a Colômbia com tarifas e sanções por se recusar a aceitar voos militares transportando deportados, parte de sua ampla repressão à imigração. Mas em uma declaração no final do domingo, a Casa Branca disse que a Colômbia havia concordado em aceitar os imigrantes e que Washington não aplicaria penalidades. O ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Luis Gilberto Murillo, disse separadamente que o avião presidencial do país estava pronto para transportar deportados.