Dólar fecha em queda, em semana de dados de inflação e de olho nas reuniões sobre juros; Ibovespa sobe
Na última sexta-feira, a moeda norte-americana avançou 0,35%, cotada a R$ 5,5900. Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, recuou 1,41%, aos 134.572 pontos. Dólar impacta a inflação brasileira Pixabay O dólar não conseguiu sustentar o sinal positivo visto na primeira metade do pregão e fechou em queda nesta segunda-feira (9). Investidores iniciaram a semana com expectativa pela divulgação de novos dados econômicos brasileiros, com destaque para a inflação. Na semana que vem, haverá decisão de política monetária aqui e lá fora, o que também já está no radar do mercado e traz maior otimismo para o pregão. Há expectativa que o Banco Central do Brasil (BC) possa elevar seus juros, enquanto o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deve iniciar um ciclo de cortes. Por aqui, o BC ainda divulgou a nova edição do Boletim Focus -- relatório semanal que reúne as projeções de economistas do mercado financeiro para os principais indicadores brasileiros. Nesta semana, as projeções para os juros em 2024 subiram, enquanto as estimativas para a inflação avançaram pela oitava vez consecutiva. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou em alta. Veja abaixo o resumo dos mercados. MOTIVOS: Ibovespa tem melhor mês desde novembro, mas dólar não segue o entusiasmo ENTENDA: Copom endurece discurso, e deixa a dúvida: a Selic pode subir? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Dólar Ao final da sessão, o dólar recuou 0,15%, cotado a R$ 5,5816. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou: queda de 0,15% na semana; recuo de 0,90% no mês; avanço de 15,03% no ano. Na última sexta-feira (6), a moeda americana teve alta de 0,35%, cotada em R$ 5,5900. Ibovespa Já o Ibovespa encerrou em alta de 0,12%, aos 134.737 pontos. Com o resultado, o índice acumulou: avanço de 0,12% na semana; queda de 0,93% no mês; e ganho de 0,29% no ano. Na sexta, o índice fechou em baixa de 1,41%, aos 134.572 pontos. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? A semana começa com uma grande expectativa por novos dados da economia brasileira, com destaque para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) amanhã. Os números de inflação podem alimentar ou reduzir as perspectivas de que o BC possa promover uma nova alta na Selic, taxa básica de juros, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que acontece na semana que vem. Com a inflação mais acelerada nos últimos meses, as crescentes projeções de alta para os preços e a preocupação com os gastos públicos do Governo Federal trouxeram, sobretudo no último mês, uma visão de que o Copom terá de elevar os juros novamente, para conter a pressão inflacionária. Hoje, a taxa Selic está em 10,50% ao ano, um patamar já considerado alto, mas resultado de uma sequência de cortes. Juros maiores tornam os processos de tomada de crédito mais caros para a população e as empresas, o que tende a diminuir o consumo, os investimentos em expansão e desaquecer o mercado de trabalho. A expectativa por esse aumento dos juros já começa a aparecer, inclusive, no Boletim Focus. Nesta edição, o relatório mostrou que os economistas passaram a prever uma taxa Selic a 11,25% ao ano ao final de 2024 -- projeção que pode já refletir as expectativas por uma alta na próxima semana. Há uma semana, a taxa era estimada em 10,50% até o fim do ano. Mesmo com as perspectivas de juros elevados, as projeções para a inflação continua subindo e chegaram a oitava semana consecutiva de alta. Agora, os economistas esperam um IPCA de 4,30% em 2024, contra 4,26% na semana passada. As estimativas de inflação se afastam cada vez mais do centro da meta estabelecida pelo BC, de 3% para este ano. A meta será considerada cumprida se a inflação ficar entre 1,50% e 4,50%. Vale lembrar que as medidas adotadas pelo BC, como elevação dos juros, demoram alguns meses até serem sentidas na economia real -- o que pode levar a inflação a demorar um pouco mais a desacelerar, mesmo que o Copom aumente a taxa Selic. Também há expectativa pela reunião de política monetária nos Estados Unidos, que acontece no mesmo dia que o Copom. Por lá, diferentemente, o mercado espera que o Fed inicie um corte em suas taxas de juros, tendo em vista que a inflação começou a arrefecer, a atividade econômica ainda se mostra resiliente, mas os números do mercado de trabalho mostram o crescimento do desemprego e menor geração de vagas.
Na última sexta-feira, a moeda norte-americana avançou 0,35%, cotada a R$ 5,5900. Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, recuou 1,41%, aos 134.572 pontos. Dólar impacta a inflação brasileira Pixabay O dólar não conseguiu sustentar o sinal positivo visto na primeira metade do pregão e fechou em queda nesta segunda-feira (9). Investidores iniciaram a semana com expectativa pela divulgação de novos dados econômicos brasileiros, com destaque para a inflação. Na semana que vem, haverá decisão de política monetária aqui e lá fora, o que também já está no radar do mercado e traz maior otimismo para o pregão. Há expectativa que o Banco Central do Brasil (BC) possa elevar seus juros, enquanto o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deve iniciar um ciclo de cortes. Por aqui, o BC ainda divulgou a nova edição do Boletim Focus -- relatório semanal que reúne as projeções de economistas do mercado financeiro para os principais indicadores brasileiros. Nesta semana, as projeções para os juros em 2024 subiram, enquanto as estimativas para a inflação avançaram pela oitava vez consecutiva. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou em alta. Veja abaixo o resumo dos mercados. MOTIVOS: Ibovespa tem melhor mês desde novembro, mas dólar não segue o entusiasmo ENTENDA: Copom endurece discurso, e deixa a dúvida: a Selic pode subir? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Dólar Ao final da sessão, o dólar recuou 0,15%, cotado a R$ 5,5816. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou: queda de 0,15% na semana; recuo de 0,90% no mês; avanço de 15,03% no ano. Na última sexta-feira (6), a moeda americana teve alta de 0,35%, cotada em R$ 5,5900. Ibovespa Já o Ibovespa encerrou em alta de 0,12%, aos 134.737 pontos. Com o resultado, o índice acumulou: avanço de 0,12% na semana; queda de 0,93% no mês; e ganho de 0,29% no ano. Na sexta, o índice fechou em baixa de 1,41%, aos 134.572 pontos. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? A semana começa com uma grande expectativa por novos dados da economia brasileira, com destaque para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) amanhã. Os números de inflação podem alimentar ou reduzir as perspectivas de que o BC possa promover uma nova alta na Selic, taxa básica de juros, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que acontece na semana que vem. Com a inflação mais acelerada nos últimos meses, as crescentes projeções de alta para os preços e a preocupação com os gastos públicos do Governo Federal trouxeram, sobretudo no último mês, uma visão de que o Copom terá de elevar os juros novamente, para conter a pressão inflacionária. Hoje, a taxa Selic está em 10,50% ao ano, um patamar já considerado alto, mas resultado de uma sequência de cortes. Juros maiores tornam os processos de tomada de crédito mais caros para a população e as empresas, o que tende a diminuir o consumo, os investimentos em expansão e desaquecer o mercado de trabalho. A expectativa por esse aumento dos juros já começa a aparecer, inclusive, no Boletim Focus. Nesta edição, o relatório mostrou que os economistas passaram a prever uma taxa Selic a 11,25% ao ano ao final de 2024 -- projeção que pode já refletir as expectativas por uma alta na próxima semana. Há uma semana, a taxa era estimada em 10,50% até o fim do ano. Mesmo com as perspectivas de juros elevados, as projeções para a inflação continua subindo e chegaram a oitava semana consecutiva de alta. Agora, os economistas esperam um IPCA de 4,30% em 2024, contra 4,26% na semana passada. As estimativas de inflação se afastam cada vez mais do centro da meta estabelecida pelo BC, de 3% para este ano. A meta será considerada cumprida se a inflação ficar entre 1,50% e 4,50%. Vale lembrar que as medidas adotadas pelo BC, como elevação dos juros, demoram alguns meses até serem sentidas na economia real -- o que pode levar a inflação a demorar um pouco mais a desacelerar, mesmo que o Copom aumente a taxa Selic. Também há expectativa pela reunião de política monetária nos Estados Unidos, que acontece no mesmo dia que o Copom. Por lá, diferentemente, o mercado espera que o Fed inicie um corte em suas taxas de juros, tendo em vista que a inflação começou a arrefecer, a atividade econômica ainda se mostra resiliente, mas os números do mercado de trabalho mostram o crescimento do desemprego e menor geração de vagas.