Dólar inicia pregão de olhos em inflação brasileira e tarifa de Trump

No dia anterior, a moeda norte-americana recuou 0,13%, cotada a R$ 5,7854. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou em alta de 0,76%, aos 125.572 pontos. Dólar freepik O dólar inicia o pregão desta terça-feira (11), com investidores repercutindo a divulgação de novos dados da inflação brasileira. No cenário externa, o mercado continua repercutindo a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de tarifar em 25% todas as importações de aço e alumínio que chegam ao país. Esse anúncio causa incertezas econômicas tanto sobre os países exportadores quanto sobre o próprio EUA, que pode sofrer com a inflação alta. Veja abaixo o resumo dos mercados. SAIBA MAIS: ÚLTIMO PREGÃO DE 2024: Dólar acumulou alta 27% no ano; Ibovespa teve recuo de 10% DE R$ 5,67 PARA ACIMA DE R$ 6: Entenda a disparada do dólar desde o fim de 2024 O TOM DE LULA: Falas do presidente impactaram a moeda em 2024; entenda Dólar acumula alta de quase 28% em 2024 Dólar . Veja mais cotações. No dia anterior, a moeda americana teve baixa de 0,13%, cotada a R$ 5,7854. Com o resultado, acumulou: queda de 0,13% na semana; recuo de 0,89% no mês; e perdas de 6,38% no ano. a Ibovespa O Ibovespa começa a operar às 10h. Na véspera, o índice teve alta de 0,76%, aos 125.572 pontos. Com o resultado, acumulou: alta de 0,76% na semana; queda 0,45% no mês; ganho de 4,40% no ano. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? O mercado repercute a divulgação da inflação brasileira de janeiro. Além disso, investidores analisam, também, os impactos das tarifas anunciadas nos EUA. Na noite desta segunda-feira (10), depois de antecipar o assunto na véspera, Donald Trumo assinou um decreto que impõe tarifas de 25% para todas as importações de aço e alumínio para o país a partir de 4 de março. A medida, que pode atingir em cheio o setor de siderurgia de países como México, Canadá e Brasil, faz parte de uma das principais promessas de campanha de Trump: a taxação de produtos estrangeiros para priorizar a indústria norte-americana. "Nossa nação precisa que o aço e o alumínio permaneçam na América, não em terras estrangeiras. Precisamos criar para proteger o futuro ressurgimento da manufatura e produção dos EUA, algo que não se vê há muitas décadas", disse Trump. "Este é o primeiro de muitos. E você sabe o que quero dizer com isso? Outros assuntos, tópicos, proteger nossas indústrias de aço e alumínio é essencial. Simplificando: nossas tarifas sobre aço e alumínio, para que todos possam entender exatamente o que é: 25%, sem exceções. E isso vale para todos os países, não importa de onde venha." As tarifas de Trump geram um clima de incertezas e cautela por todo o mundo por dois principais motivos: os impactos comerciais e econômicos para os exportadores e a pressão sobre os preços dentro dos EUA — que pode se estender por todo o mundo. Diante da preocupação, autoridades de diversos países se prosicionaram. Na Coreia do Sul, o Ministério da Indústria convocou siderúrgicas para discutir como minimizar os impactos das tarifas para as empresas. Já na Europa, a Comissão Europeia afirmou "não ver justificativa" para a tarifação e assegurou que vai reagir. O ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, afirmou que a Europa "pode e deve reagir unida e decisivamente contra as restrições tarifárias unilaterais" e destacou que a região "está preparada para isso". No Brasil, a postura do governo foi mais cautelosa diante das ameaças do presidente dos EUA. Tanto o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, quanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manifestaram a necessidade de diálogo em relação às tarifas. Segundo o blog da Ana Flor, o anúncio não pegou o governo de surpresa e, por enquanto, a orientação é não responder imediatamente com a regra da reciprocidade, mas primeiro analisar o impacto. Além de afetar as empresas exportadoras de aço e alumínio, que podem ter uma queda nas vendas, há preocupação no mercado sobre a pressão inflacionária que a implementação dessas tarifas causaria na maior economia do mundo, o que pode atrasar a redução dos juros no país. Dirigentes do Fed afirmaram que a instituição não tem pressa em reduzir os juros e que observará atentamente os desdobramentos do cenário político e econômico. Atualmente, os juros americanos estão entre 4,25% e 4,50% ao ano, com o objetivo de reduzir a inflação anual, que está em 2,9%, para a meta de 2%. Juros elevados também aumentam o rendimento dos títulos públicos dos EUA, considerados os mais seguros do mundo, o que tende a provocar uma migração de capital estrangeiro para o país e pode fortalecer o dólar em relação a outras moedas. Dólar mais caro também impacta a inflação em todo o mundo, já que esta é a principal moeda para as negociações comerciais e pode pressionar os preços principalmente das commodities, como combustíveis e alimentos.

Dólar inicia pregão de olhos em inflação brasileira e tarifa de Trump

No dia anterior, a moeda norte-americana recuou 0,13%, cotada a R$ 5,7854. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou em alta de 0,76%, aos 125.572 pontos. Dólar freepik O dólar inicia o pregão desta terça-feira (11), com investidores repercutindo a divulgação de novos dados da inflação brasileira. No cenário externa, o mercado continua repercutindo a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de tarifar em 25% todas as importações de aço e alumínio que chegam ao país. Esse anúncio causa incertezas econômicas tanto sobre os países exportadores quanto sobre o próprio EUA, que pode sofrer com a inflação alta. Veja abaixo o resumo dos mercados. SAIBA MAIS: ÚLTIMO PREGÃO DE 2024: Dólar acumulou alta 27% no ano; Ibovespa teve recuo de 10% DE R$ 5,67 PARA ACIMA DE R$ 6: Entenda a disparada do dólar desde o fim de 2024 O TOM DE LULA: Falas do presidente impactaram a moeda em 2024; entenda Dólar acumula alta de quase 28% em 2024 Dólar . Veja mais cotações. No dia anterior, a moeda americana teve baixa de 0,13%, cotada a R$ 5,7854. Com o resultado, acumulou: queda de 0,13% na semana; recuo de 0,89% no mês; e perdas de 6,38% no ano. a Ibovespa O Ibovespa começa a operar às 10h. Na véspera, o índice teve alta de 0,76%, aos 125.572 pontos. Com o resultado, acumulou: alta de 0,76% na semana; queda 0,45% no mês; ganho de 4,40% no ano. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? O mercado repercute a divulgação da inflação brasileira de janeiro. Além disso, investidores analisam, também, os impactos das tarifas anunciadas nos EUA. Na noite desta segunda-feira (10), depois de antecipar o assunto na véspera, Donald Trumo assinou um decreto que impõe tarifas de 25% para todas as importações de aço e alumínio para o país a partir de 4 de março. A medida, que pode atingir em cheio o setor de siderurgia de países como México, Canadá e Brasil, faz parte de uma das principais promessas de campanha de Trump: a taxação de produtos estrangeiros para priorizar a indústria norte-americana. "Nossa nação precisa que o aço e o alumínio permaneçam na América, não em terras estrangeiras. Precisamos criar para proteger o futuro ressurgimento da manufatura e produção dos EUA, algo que não se vê há muitas décadas", disse Trump. "Este é o primeiro de muitos. E você sabe o que quero dizer com isso? Outros assuntos, tópicos, proteger nossas indústrias de aço e alumínio é essencial. Simplificando: nossas tarifas sobre aço e alumínio, para que todos possam entender exatamente o que é: 25%, sem exceções. E isso vale para todos os países, não importa de onde venha." As tarifas de Trump geram um clima de incertezas e cautela por todo o mundo por dois principais motivos: os impactos comerciais e econômicos para os exportadores e a pressão sobre os preços dentro dos EUA — que pode se estender por todo o mundo. Diante da preocupação, autoridades de diversos países se prosicionaram. Na Coreia do Sul, o Ministério da Indústria convocou siderúrgicas para discutir como minimizar os impactos das tarifas para as empresas. Já na Europa, a Comissão Europeia afirmou "não ver justificativa" para a tarifação e assegurou que vai reagir. O ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, afirmou que a Europa "pode e deve reagir unida e decisivamente contra as restrições tarifárias unilaterais" e destacou que a região "está preparada para isso". No Brasil, a postura do governo foi mais cautelosa diante das ameaças do presidente dos EUA. Tanto o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, quanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manifestaram a necessidade de diálogo em relação às tarifas. Segundo o blog da Ana Flor, o anúncio não pegou o governo de surpresa e, por enquanto, a orientação é não responder imediatamente com a regra da reciprocidade, mas primeiro analisar o impacto. Além de afetar as empresas exportadoras de aço e alumínio, que podem ter uma queda nas vendas, há preocupação no mercado sobre a pressão inflacionária que a implementação dessas tarifas causaria na maior economia do mundo, o que pode atrasar a redução dos juros no país. Dirigentes do Fed afirmaram que a instituição não tem pressa em reduzir os juros e que observará atentamente os desdobramentos do cenário político e econômico. Atualmente, os juros americanos estão entre 4,25% e 4,50% ao ano, com o objetivo de reduzir a inflação anual, que está em 2,9%, para a meta de 2%. Juros elevados também aumentam o rendimento dos títulos públicos dos EUA, considerados os mais seguros do mundo, o que tende a provocar uma migração de capital estrangeiro para o país e pode fortalecer o dólar em relação a outras moedas. Dólar mais caro também impacta a inflação em todo o mundo, já que esta é a principal moeda para as negociações comerciais e pode pressionar os preços principalmente das commodities, como combustíveis e alimentos.