Dólar opera em baixa com inflação nos Estados Unidos abaixo das expectativas
No dia anterior, a moeda norte-americana recuou 0,44%, vendida a R$ 4,8605. Dólar reage à inflação americana Pixabay O dólar opera em baixa nesta quarta-feira (12), em um dia de queda generalizada da moeda frente a divisa de outros países e de um tom mais positivo nos mercados. A razão é a divulgação da inflação dos Estados Unidos, que subiu 0,2% em junho e acumula alta de 3,0% em um ano. O número veio levemente abaixo das projeções do mercado e mostram uma desaceleração da inflação da maior economia do mundo, o que pode significar a adoção de uma política monetária menos dura, sem novas altas muito expressivas nas taxas de juros. Às 10h, a moeda norte-americana caía 1,14%, cotada a R$ 4,8051. Veja mais cotações. No dia anterior, o dólar fechou em baixa de 0,44%, cotada a R$ 4,8605. Com o resultado, a moeda passou a acumular: Recuo de 0,13% na semana; Alta de 1,50% no mês; Queda de 7,91% no ano. COMERCIAL X TURISMO: qual a diferença entre a cotação de moedas estrangeiras e por que o turismo é mais caro? DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? O que está mexendo com os mercados? O grande destaque do pregão é a inflação dos Estados Unidos, que subiu 3,0% em 12 meses. A expectativa era de que o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) do país tivesse uma alta de 3,1% na comparação anual, ante um avanço de 4,0% registrado em maio, segundo a equipe de análise do BTG Pactual. A desaceleração da inflação americana anima os mercados nesta quarta-feira, tendo em vista que esse dado é visto como uma sinalização de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deva flexibilizar o seu ciclo de altas nos juros. Atualmente, as taxas de juros no país estão entre 5,00% e 5,25%, depois de o Fed mantê-las inalteradas em sua última reunião, mas sinalizando que novas altas poderiam vir nos próximos meses, a depender dos rumos da inflação. Para o mercado de ativos de risco - como as ações e as moedas de países emergentes, caso do real - é mais interessantes que os juros americanos estejam mais baixos. Isso porque taxas altas elevam os rendimentos dos títulos públicos dos EUA, tidos como os mais seguros do mundo, o que atrai os investidores em detrimento de outros tipos de ativos. Ainda no tema de inflação e juros, ontem, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho. No mês, a inflação do país teve queda de 0,08%, caindo para 3,16% no acumulado em 12 meses. Com a deflação observada no período, boa parte do mercado já dá como certo o início do corte da Selic, taxa básica de juros, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC). As expectativas giram em torno de uma redução de 0,25% a 0,50% - hoje, a taxa está em 13,75% ao ano. Em contrapartida, mesmo com a deflação no índice geral, chamou a atenção na divulgação do IBGE a inflação de serviços, que acelerou de 0,06% em maio para uma alta de 0,62% em junho. Essa continuidade da pressão nos preços do setor reforçam a perspectiva de que a inflação deve encerrar mais um ano acima da meta definida pelo BC, de 3,25% e podendo oscilar entre 1,75% e 3,25%. Também no cenário doméstico, o IBGE divulgou nesta manhã os dados do volume de serviços em maio, que apresentaram uma alta de 0,9% em relação ao mês imediatamente anterior e uma alta de 6,8% na comparação com o mesmo período de 2022, acima das expectativas do mercado.
No dia anterior, a moeda norte-americana recuou 0,44%, vendida a R$ 4,8605. Dólar reage à inflação americana Pixabay O dólar opera em baixa nesta quarta-feira (12), em um dia de queda generalizada da moeda frente a divisa de outros países e de um tom mais positivo nos mercados. A razão é a divulgação da inflação dos Estados Unidos, que subiu 0,2% em junho e acumula alta de 3,0% em um ano. O número veio levemente abaixo das projeções do mercado e mostram uma desaceleração da inflação da maior economia do mundo, o que pode significar a adoção de uma política monetária menos dura, sem novas altas muito expressivas nas taxas de juros. Às 10h, a moeda norte-americana caía 1,14%, cotada a R$ 4,8051. Veja mais cotações. No dia anterior, o dólar fechou em baixa de 0,44%, cotada a R$ 4,8605. Com o resultado, a moeda passou a acumular: Recuo de 0,13% na semana; Alta de 1,50% no mês; Queda de 7,91% no ano. COMERCIAL X TURISMO: qual a diferença entre a cotação de moedas estrangeiras e por que o turismo é mais caro? DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? O que está mexendo com os mercados? O grande destaque do pregão é a inflação dos Estados Unidos, que subiu 3,0% em 12 meses. A expectativa era de que o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) do país tivesse uma alta de 3,1% na comparação anual, ante um avanço de 4,0% registrado em maio, segundo a equipe de análise do BTG Pactual. A desaceleração da inflação americana anima os mercados nesta quarta-feira, tendo em vista que esse dado é visto como uma sinalização de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deva flexibilizar o seu ciclo de altas nos juros. Atualmente, as taxas de juros no país estão entre 5,00% e 5,25%, depois de o Fed mantê-las inalteradas em sua última reunião, mas sinalizando que novas altas poderiam vir nos próximos meses, a depender dos rumos da inflação. Para o mercado de ativos de risco - como as ações e as moedas de países emergentes, caso do real - é mais interessantes que os juros americanos estejam mais baixos. Isso porque taxas altas elevam os rendimentos dos títulos públicos dos EUA, tidos como os mais seguros do mundo, o que atrai os investidores em detrimento de outros tipos de ativos. Ainda no tema de inflação e juros, ontem, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho. No mês, a inflação do país teve queda de 0,08%, caindo para 3,16% no acumulado em 12 meses. Com a deflação observada no período, boa parte do mercado já dá como certo o início do corte da Selic, taxa básica de juros, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC). As expectativas giram em torno de uma redução de 0,25% a 0,50% - hoje, a taxa está em 13,75% ao ano. Em contrapartida, mesmo com a deflação no índice geral, chamou a atenção na divulgação do IBGE a inflação de serviços, que acelerou de 0,06% em maio para uma alta de 0,62% em junho. Essa continuidade da pressão nos preços do setor reforçam a perspectiva de que a inflação deve encerrar mais um ano acima da meta definida pelo BC, de 3,25% e podendo oscilar entre 1,75% e 3,25%. Também no cenário doméstico, o IBGE divulgou nesta manhã os dados do volume de serviços em maio, que apresentaram uma alta de 0,9% em relação ao mês imediatamente anterior e uma alta de 6,8% na comparação com o mesmo período de 2022, acima das expectativas do mercado.