Dólar opera em queda e bate R$ 5,49, à espera de novas decisões de juros nesta semana; Ibovespa sobe
Na última sexta-feira, a moeda norte-americana caiu 0,92%, cotada a R$ 5,5672. Já o Ibovespa encerrou com um avanço de 0,64%, aos 134.882 pontos. Dólar seria a arma dos EUA no mundo Getty Images O dólar opera em queda nesta segunda-feira (16), conforme investidores seguiam na expectativa pelas novas decisões de juros previstas para esta semana. Vista pelo mercado como a principal "Superquarta" de 2024 — nome dado às quartas-feiras em que coincidem as reuniões que definem as taxas de juros do Brasil e dos Estados Unidos —, a edição dessa semana é especial. Isso porque os investidores esperam que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), finalmente dê início ao ciclo de redução dos juros dos Estados Unidos. No Brasil, por outro lado, a expectativa é que o Comitê de Política Monetária (Copom) volte a subir a taxa básica (Selic) do país. Superquarta: entenda por que o BC do Brasil vai subir os juros, enquanto os EUA vão baixar Enquanto aguardam os encontros, o mercado ainda deve repercutir uma série de indicadores econômicos ao longo da semana, com destaque para dados da indústria e do varejo nos Estados Unidos e de arrecadação no Brasil. Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, opera em alta. Veja abaixo o resumo dos mercados. MOTIVOS: Ibovespa tem melhor mês desde novembro, mas dólar não segue o entusiasmo ENTENDA: Copom endurece discurso, e deixa a dúvida: a Selic pode subir? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Dólar Às 15h02, o dólar operava em queda de 1,08%, cotado em R$ 5,5071. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,4975. Veja mais cotações. Na última sexta-feira, o dólar encerrou com um recuo de 0,92%, cotado a R$ 5,5672. Com o resultado, acumulou: queda de 0,41% na semana; perda de 1,16% no mês; avanço de 14,73% no ano. Ibovespa No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,22%, aos 135.182 pontos. Na última sexta-feira, o índice encerrou com um avanço de 0,64%, aos 134.882 pontos. Com o resultado, acumulou: ganho de 0,23% na semana; queda de 0,83% no mês; e alta de 0,52% no ano. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? A semana começa quente no mercado financeiro, às vésperas da principal "Superquarta" de 2024. Esse é o nome das quartas-feiras em que coincidem as reuniões que definem as taxas de juros dos Estados Unidos e do Brasil. Na última semana, novos dados econômicos trouxeram mais insumo aos investidores e especialistas que buscam qualquer nova pista do que o Banco Central do Brasil (BC) deve fazer por aqui e o Fed, lá fora. No Brasil, o BC publicou o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de julho na última sexta-feira, considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do país. O indicador veio melhor do que as expectativas, registrando uma contração de 0,4% em julho, contra uma alta mais expressiva, de 1,40%, em junho. Apesar da leve queda, o indicador acumula uma alta de 2,6% em 2024, até aqui, e de 2,0% em 12 meses. O resultado ainda fez coro a outros indicadores de atividade divulgados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e que apontam a força da atividade brasileira. O número de vendas no varejo de julho divulgado na última semana, por exemplo, mostrou uma alta mensal de 4,4%, também acima das expectativas de mercado e com uma aceleração em relação ao mês anterior. Já o setor de serviços cresceu 1,2% em julho. Os serviços estão 15,4% acima do nível pré-pandemia e renovaram seu maior patamar histórico. Por fim, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, mostrou queda de 0,02% nos preços, na primeira deflação registrada neste ano. Apesar da redução, a inflação anual continua muito perto do teto da meta do Banco Central do Brasil (BC). Considerando o acumulado de 12 meses até agosto, os preços subiram 4,24%. A meta de inflação é de 3% para este ano, e será considerada cumprida se a inflação ficar entre 1,50% e 4,50%. Mesmo com a deflação, o mercado segue com projeções de alta dos preços à frente e preocupação com os gastos públicos do governo, o que alimenta as expectativas de que o BC deve promover uma nova alta da taxa básica de juros (Selic) na reunião do Copom desta semana. Atualmente, a taxa Selic está em 10,50% ao ano, um patamar já considerado alto, mas resultado de uma sequência de cortes. Juros maiores tornam os processos de tomada de crédito mais caros para a população e as empresas, o que tende a diminuir o consumo, os investimentos em expansão e desaquecer o mercado de trabalho. Todo esse cenário também já aparece no Boletim Focus, relatório do BC que reúne as projeções de economistas para os principais indicadores econômicos do Brasil. A última edição do documento, divulgada nesta segunda-feira, continuou apontando para um aumento da Selic, além de indicar uma elevação para na estimativa de inflação para este ano e para o próximo e um crescimento de 3% do PIB em 202
Na última sexta-feira, a moeda norte-americana caiu 0,92%, cotada a R$ 5,5672. Já o Ibovespa encerrou com um avanço de 0,64%, aos 134.882 pontos. Dólar seria a arma dos EUA no mundo Getty Images O dólar opera em queda nesta segunda-feira (16), conforme investidores seguiam na expectativa pelas novas decisões de juros previstas para esta semana. Vista pelo mercado como a principal "Superquarta" de 2024 — nome dado às quartas-feiras em que coincidem as reuniões que definem as taxas de juros do Brasil e dos Estados Unidos —, a edição dessa semana é especial. Isso porque os investidores esperam que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), finalmente dê início ao ciclo de redução dos juros dos Estados Unidos. No Brasil, por outro lado, a expectativa é que o Comitê de Política Monetária (Copom) volte a subir a taxa básica (Selic) do país. Superquarta: entenda por que o BC do Brasil vai subir os juros, enquanto os EUA vão baixar Enquanto aguardam os encontros, o mercado ainda deve repercutir uma série de indicadores econômicos ao longo da semana, com destaque para dados da indústria e do varejo nos Estados Unidos e de arrecadação no Brasil. Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, opera em alta. Veja abaixo o resumo dos mercados. MOTIVOS: Ibovespa tem melhor mês desde novembro, mas dólar não segue o entusiasmo ENTENDA: Copom endurece discurso, e deixa a dúvida: a Selic pode subir? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Dólar Às 15h02, o dólar operava em queda de 1,08%, cotado em R$ 5,5071. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,4975. Veja mais cotações. Na última sexta-feira, o dólar encerrou com um recuo de 0,92%, cotado a R$ 5,5672. Com o resultado, acumulou: queda de 0,41% na semana; perda de 1,16% no mês; avanço de 14,73% no ano. Ibovespa No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,22%, aos 135.182 pontos. Na última sexta-feira, o índice encerrou com um avanço de 0,64%, aos 134.882 pontos. Com o resultado, acumulou: ganho de 0,23% na semana; queda de 0,83% no mês; e alta de 0,52% no ano. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? A semana começa quente no mercado financeiro, às vésperas da principal "Superquarta" de 2024. Esse é o nome das quartas-feiras em que coincidem as reuniões que definem as taxas de juros dos Estados Unidos e do Brasil. Na última semana, novos dados econômicos trouxeram mais insumo aos investidores e especialistas que buscam qualquer nova pista do que o Banco Central do Brasil (BC) deve fazer por aqui e o Fed, lá fora. No Brasil, o BC publicou o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de julho na última sexta-feira, considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do país. O indicador veio melhor do que as expectativas, registrando uma contração de 0,4% em julho, contra uma alta mais expressiva, de 1,40%, em junho. Apesar da leve queda, o indicador acumula uma alta de 2,6% em 2024, até aqui, e de 2,0% em 12 meses. O resultado ainda fez coro a outros indicadores de atividade divulgados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e que apontam a força da atividade brasileira. O número de vendas no varejo de julho divulgado na última semana, por exemplo, mostrou uma alta mensal de 4,4%, também acima das expectativas de mercado e com uma aceleração em relação ao mês anterior. Já o setor de serviços cresceu 1,2% em julho. Os serviços estão 15,4% acima do nível pré-pandemia e renovaram seu maior patamar histórico. Por fim, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, mostrou queda de 0,02% nos preços, na primeira deflação registrada neste ano. Apesar da redução, a inflação anual continua muito perto do teto da meta do Banco Central do Brasil (BC). Considerando o acumulado de 12 meses até agosto, os preços subiram 4,24%. A meta de inflação é de 3% para este ano, e será considerada cumprida se a inflação ficar entre 1,50% e 4,50%. Mesmo com a deflação, o mercado segue com projeções de alta dos preços à frente e preocupação com os gastos públicos do governo, o que alimenta as expectativas de que o BC deve promover uma nova alta da taxa básica de juros (Selic) na reunião do Copom desta semana. Atualmente, a taxa Selic está em 10,50% ao ano, um patamar já considerado alto, mas resultado de uma sequência de cortes. Juros maiores tornam os processos de tomada de crédito mais caros para a população e as empresas, o que tende a diminuir o consumo, os investimentos em expansão e desaquecer o mercado de trabalho. Todo esse cenário também já aparece no Boletim Focus, relatório do BC que reúne as projeções de economistas para os principais indicadores econômicos do Brasil. A última edição do documento, divulgada nesta segunda-feira, continuou apontando para um aumento da Selic, além de indicar uma elevação para na estimativa de inflação para este ano e para o próximo e um crescimento de 3% do PIB em 2024. Já no ambiente internacional, as atenções ficam voltadas para a nova decisão de política monetária do Fed, que também deve ser divulgada na próxima quarta-feira. Por lá, a expectativa é que o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês), promova o primeiro corte de juros desde 2020. Decisões de juros do Banco da Inglaterra (BoE), do Banco do Japão (BoJ), e do banco central da China também ficam na mira dos investidores, bem como os dados de produção industrial e de vendas ao varejo nos Estados Unidos.