Equipe econômica espera que ata do Copom, nesta terça, acalme de vez o mercado
Sede do Banco Central, em Brasília Raphael Ribeiro/BCB Após uma semana marcada por tensões nos mercados, incluindo uma disparada do dólar após falas polêmicas do presidente Lula, a equipe econômica espera que a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) acalme os ânimos dos investidores e o comportamento da moeda americana. Segundo assessores do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a tensão da semana passada já era esperada – mas foi além do que era imaginado. Na ata do Copom, que deve ser divulgada nesta terça-feira (25), a expectativa é de que o conteúdo mostre uma unidade do Banco Central em torno do desafio de conter as pressões inflacionárias. Além disso, os ministérios da Fazenda e do Planejamento vão trabalhar para mostrar ao mercado a disposição de ajustar as contas públicas e manter a meta de zerar o déficit público. Copom decide manter sem alteração a taxa básica de juros da economia brasileira Segundo as equipes de Fernando Haddad e Simone Tebet, o governo vai entrar numa primeira etapa de governança dos gastos públicos, economizando com novos métodos de execução dos programas sociais e combatendo fraudes. Só o Ministério da Previdência Social espera, segundo o ministro Carlos Lupi, uma economia acima de R$ 10 bilhões com essas medidas em 2024. Pressionado pelo mercado, governo avalia cortar gastos para manter arcabouço fiscal de pé; veja alternativas A segunda etapa será de corte de incentivos e benefícios fiscais, que hoje estão acima de R$ 500 bilhões. O governo vai analisar quais programas podem ser cortados porque não dão a contrapartida de retorno para o país. A terceira e última etapa vai ser mais estrutural, com medidas para reduzir as despesas da União com a rediscussão de benefícios previdenciários e investimentos em saúde e educação. Os esforços no Legislativo Além disso, na área econômica, o governo espera que as pautas da Fazenda e Planejamento andem até o início do recesso. Neste caso, em uma semana de Congresso esvaziado, o governo Lula e a cúpula do Legislativo vão trabalhar para deixar prontos para votação, no início de julho, os projetos da regulamentação da reforma tributária, além do novo ensino médio e da liberação dos jogos de azar. Depois de semanas perdidas com temas polêmicos, como os projetos sobre aborto e a delação premiada, o próprio Congresso, principalmente o presidente da Câmara, Arthur Lira, vai tentar mudar a pauta do Legislativo e sintonizá-la mais com as necessidades do país e da população. Lira ficou desgastado ao liderar estratégia de desengavetar projetos polêmicos, criticados nas redes sociais. Ele decidiu deixar esses temas para o segundo semestre.
Sede do Banco Central, em Brasília Raphael Ribeiro/BCB Após uma semana marcada por tensões nos mercados, incluindo uma disparada do dólar após falas polêmicas do presidente Lula, a equipe econômica espera que a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) acalme os ânimos dos investidores e o comportamento da moeda americana. Segundo assessores do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a tensão da semana passada já era esperada – mas foi além do que era imaginado. Na ata do Copom, que deve ser divulgada nesta terça-feira (25), a expectativa é de que o conteúdo mostre uma unidade do Banco Central em torno do desafio de conter as pressões inflacionárias. Além disso, os ministérios da Fazenda e do Planejamento vão trabalhar para mostrar ao mercado a disposição de ajustar as contas públicas e manter a meta de zerar o déficit público. Copom decide manter sem alteração a taxa básica de juros da economia brasileira Segundo as equipes de Fernando Haddad e Simone Tebet, o governo vai entrar numa primeira etapa de governança dos gastos públicos, economizando com novos métodos de execução dos programas sociais e combatendo fraudes. Só o Ministério da Previdência Social espera, segundo o ministro Carlos Lupi, uma economia acima de R$ 10 bilhões com essas medidas em 2024. Pressionado pelo mercado, governo avalia cortar gastos para manter arcabouço fiscal de pé; veja alternativas A segunda etapa será de corte de incentivos e benefícios fiscais, que hoje estão acima de R$ 500 bilhões. O governo vai analisar quais programas podem ser cortados porque não dão a contrapartida de retorno para o país. A terceira e última etapa vai ser mais estrutural, com medidas para reduzir as despesas da União com a rediscussão de benefícios previdenciários e investimentos em saúde e educação. Os esforços no Legislativo Além disso, na área econômica, o governo espera que as pautas da Fazenda e Planejamento andem até o início do recesso. Neste caso, em uma semana de Congresso esvaziado, o governo Lula e a cúpula do Legislativo vão trabalhar para deixar prontos para votação, no início de julho, os projetos da regulamentação da reforma tributária, além do novo ensino médio e da liberação dos jogos de azar. Depois de semanas perdidas com temas polêmicos, como os projetos sobre aborto e a delação premiada, o próprio Congresso, principalmente o presidente da Câmara, Arthur Lira, vai tentar mudar a pauta do Legislativo e sintonizá-la mais com as necessidades do país e da população. Lira ficou desgastado ao liderar estratégia de desengavetar projetos polêmicos, criticados nas redes sociais. Ele decidiu deixar esses temas para o segundo semestre.