Funcionários da Boeing encerram greve de 7 semanas que custou mais de US$ 10 bilhões para a companhia

Sindicato aceitou a proposta da empesa que garante um aumento salarial de 38% ao longo de quatro anos. Boeing Reuters Trabalhadores da Boeing em Seattle, noroeste dos Estados Unidos, aprovaram na segunda-feira (4) a proposta da empresa para encerrar mais de sete semanas de greve que custou mais de US$ 10 bilhões de dólares (US$ 57 bilhões) para o grupo e seus fornecedores. Após a rejeição de duas ofertas anteriores, a filial IAM-District 751 do sindicato de maquinistas IAM ratificou com 59% de apoio a última proposta da direção da empresa, que prevê importantes aumentos salariais, anunciou a organização. A decisão provocará o retorno ao trabalho de quase 33 mil funcionários em greve e a retomada das operações em duas grandes fábricas. LEIA TAMBÉM Boeing irá cortar 17 mil empregos, 10% da força de trabalho global, diz CEO Boeing pode levantar até US$ 19 bilhões em oferta de ações "A greve termina e agora nossa tarefa é voltar ao trabalho e começar a fabricar aviões (...) e devolver esta empresa ao sucesso financeiro", afirmou Jon Holden, diretor do sindicato. "Estou orgulhos dos nossos membros", afirmou. "Conseguiram muito e estamos prontos para seguir em frente", acrescentou. O novo acordo garante um aumento salarial de 38% ao longo de quatro anos, próximo dos 40% exigidos pelo sindicato. Também inclui um bônus de US$ 12 mil e dispositivos para aumentar as contribuições da empresa a um plano de aposentadoria e conter os custos da assistência médica. O acordo, no entanto, não restabelecerá o antigo plano de pensões da Boeing, como desejavam os funcionários mais antigos. O CEO do grupo, Kelly Ortberg, se declarou "feliz" com o acordo. "Os últimos meses foram difíceis para todos nós, mas agora fazemos parte da mesma equipe", disse. Ortberg destacou "a importância deste momento para a nossa história e para as gerações futuras". "Há muito trabalho a fazer para retornar à excelência que fez da Boeing uma empresa emblemática", afirmou. Segundo o Anderson Economic Group, esta é a greve mais cara do século nos Estados Unidos, com um impacto indireto de mais de US$ 11,56 bilhões (R$ 66 bilhões) desde o dia 13 de setembro. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, parabenizou as partes "por alcançarem um acordo que reflete o trabalho duro e os sacrifícios dos 33.000 funcionários". Além disso, a poucas horas das eleições presidenciais do país, ele ressaltou o apoio da sua equipe econômica aos processos de negociação. "Ao longo dos últimos quatro anos, nós demonstramos que a negociação coletiva funciona. Os bons acordos beneficiam os trabalhadores, as empresas e os consumidores", declarou Biden. Com desemprego baixo e bolsa em alta, por que americanos acham que economia vai mal com Biden e Kamala? Boeing terá de pagar 150 milhões de dólares à Embraer Bancos de alimentos O acordo coletivo finalmente aprovado foi a quarta oferta apresentada pelo gigante da aviação desde o início de setembro, mas apenas a terceira submetida ao voto dos sindicatos. A primeira, rejeitada em 12 de setembro por quase 95% dos membros do sindicato e que desencadeou a greve, previa um aumento salarial de 25%. A direção da empresa propôs então 30% e 35%, até chegar aos 38% finalmente aprovados. Também manteve o compromisso de fabricar seu próximo modelo de avião, previsto para 2035, na região de Seattle, o berço da Boeing, o que garante dezenas de milhares de empregos por décadas. Os grevistas, sem seguro de saúde desde o final de setembro, recebiam 250 dólares semanais do sindicato desde a quarta semana de paralisação e alguns dependiam da ajuda de bancos de alimentos. O fim da greve também é crucial para a Boeing, que enfrenta graves dificuldades financeiras. As duas fábricas afetadas produzem os aviões 737 (seu principal modelo), 777, 767 e vários programas militares.

Funcionários da Boeing encerram greve de 7 semanas que custou mais de US$ 10 bilhões para a companhia

Sindicato aceitou a proposta da empesa que garante um aumento salarial de 38% ao longo de quatro anos. Boeing Reuters Trabalhadores da Boeing em Seattle, noroeste dos Estados Unidos, aprovaram na segunda-feira (4) a proposta da empresa para encerrar mais de sete semanas de greve que custou mais de US$ 10 bilhões de dólares (US$ 57 bilhões) para o grupo e seus fornecedores. Após a rejeição de duas ofertas anteriores, a filial IAM-District 751 do sindicato de maquinistas IAM ratificou com 59% de apoio a última proposta da direção da empresa, que prevê importantes aumentos salariais, anunciou a organização. A decisão provocará o retorno ao trabalho de quase 33 mil funcionários em greve e a retomada das operações em duas grandes fábricas. LEIA TAMBÉM Boeing irá cortar 17 mil empregos, 10% da força de trabalho global, diz CEO Boeing pode levantar até US$ 19 bilhões em oferta de ações "A greve termina e agora nossa tarefa é voltar ao trabalho e começar a fabricar aviões (...) e devolver esta empresa ao sucesso financeiro", afirmou Jon Holden, diretor do sindicato. "Estou orgulhos dos nossos membros", afirmou. "Conseguiram muito e estamos prontos para seguir em frente", acrescentou. O novo acordo garante um aumento salarial de 38% ao longo de quatro anos, próximo dos 40% exigidos pelo sindicato. Também inclui um bônus de US$ 12 mil e dispositivos para aumentar as contribuições da empresa a um plano de aposentadoria e conter os custos da assistência médica. O acordo, no entanto, não restabelecerá o antigo plano de pensões da Boeing, como desejavam os funcionários mais antigos. O CEO do grupo, Kelly Ortberg, se declarou "feliz" com o acordo. "Os últimos meses foram difíceis para todos nós, mas agora fazemos parte da mesma equipe", disse. Ortberg destacou "a importância deste momento para a nossa história e para as gerações futuras". "Há muito trabalho a fazer para retornar à excelência que fez da Boeing uma empresa emblemática", afirmou. Segundo o Anderson Economic Group, esta é a greve mais cara do século nos Estados Unidos, com um impacto indireto de mais de US$ 11,56 bilhões (R$ 66 bilhões) desde o dia 13 de setembro. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, parabenizou as partes "por alcançarem um acordo que reflete o trabalho duro e os sacrifícios dos 33.000 funcionários". Além disso, a poucas horas das eleições presidenciais do país, ele ressaltou o apoio da sua equipe econômica aos processos de negociação. "Ao longo dos últimos quatro anos, nós demonstramos que a negociação coletiva funciona. Os bons acordos beneficiam os trabalhadores, as empresas e os consumidores", declarou Biden. Com desemprego baixo e bolsa em alta, por que americanos acham que economia vai mal com Biden e Kamala? Boeing terá de pagar 150 milhões de dólares à Embraer Bancos de alimentos O acordo coletivo finalmente aprovado foi a quarta oferta apresentada pelo gigante da aviação desde o início de setembro, mas apenas a terceira submetida ao voto dos sindicatos. A primeira, rejeitada em 12 de setembro por quase 95% dos membros do sindicato e que desencadeou a greve, previa um aumento salarial de 25%. A direção da empresa propôs então 30% e 35%, até chegar aos 38% finalmente aprovados. Também manteve o compromisso de fabricar seu próximo modelo de avião, previsto para 2035, na região de Seattle, o berço da Boeing, o que garante dezenas de milhares de empregos por décadas. Os grevistas, sem seguro de saúde desde o final de setembro, recebiam 250 dólares semanais do sindicato desde a quarta semana de paralisação e alguns dependiam da ajuda de bancos de alimentos. O fim da greve também é crucial para a Boeing, que enfrenta graves dificuldades financeiras. As duas fábricas afetadas produzem os aviões 737 (seu principal modelo), 777, 767 e vários programas militares.