Governo mantém em 2,5% estimativa de crescimento do PIB em 2024
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, citou bons resultados na economia neste ano, mas pediu ‘parcimônia’ para a equipe nas projeções. Expectativa de inflação, segundo o governo, subiu para 3,9%. Governo mantém projeção de alta de 2,5% no PIB O governo manteve em 2,5% a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e é usado para medir o crescimento da economia. A informação consta no Boletim Macrofiscal, divulgado nesta quinta-feira (18) pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda. Já a previsão para a inflação deste ano subiu de 3,7% para 3,90%. A perspectiva para o PIB em 2025 caiu de 2,8% para 2,6%. Haddad pediu ‘parcimônia’ O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, no início da tarde, que "os dados da economia estão vindo muito bem [em 2024], consistentes e com baixa pressão nos preços, o que é ótimo, crescer com inflação controlada". No entanto, ele informou que pediu "parcimônia" de sua equipe na revisão da expectativa de PIB em 2024. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em foto de 4 de junho de 2024 Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda Nesta terça-feira (16), Haddad havia dito que o ministério deve revisar para cima a projeção do PIB deste ano. “O que é provável que aconteça", declarou o ministro no Palácio do Planalto, após reunião com empresários, lembrando que a economia continuou crescendo mesmo com a calamidade no Rio Grande do Sul. Porém, o documento do Ministério da Fazenda apresentado nesta quinta-feira não alterou a perspectiva para o crescimento econômico em 2024. Segundo a pasta, o impacto das enchentes do Rio Grande do Sul deve ser compensado por medidas de suporte a famílias e empresas. Projeção do PIB O resultado oficial do PIB é medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2023, o PIB registrou um crescimento de 2,9% na comparação com o ano anterior. Ao projetar uma alta de 2,5% neste ano, o governo espera uma desaceleração no ritmo de crescimento da economia brasileira. A estimativa do governo federal segue acima da projeção do mercado financeiro, que prevê um crescimento de 2,11% para este ano, segundo o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta semana. Já o Banco Central espera uma alta de 2,3% do PIB neste ano. O secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, disse que o governo vai continuar monitorando as informações para decidir sobre eventual revisão da projeção do PIB daqui dois meses. "Há possibilidade de revisão para cima? Claro que há. Mas temos que aguardar. Daqui dois meses saberemos", disse. Ele lembrou que nos últimos meses as projeções do mercado estão se aproximando do esperado pelo governo. Inflação O Ministério da Fazenda também piorou sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024. Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento. Em maio, o Ministério da Fazenda tinha estimado que a inflação atingiria 3,70% neste ano. Agora, no boletim de julho, essa perspectiva subiu para 3,9%. “Essa estimativa já leva em consideração os impactos do câmbio mais depreciado e da calamidade no RS nos preços, além dos reajustes recentes anunciados para os preços da gasolina e GLP”, segundo o documento. Próximos anos O Ministério da Fazenda revisou a projeção do PIB para 2025. Antes, a estimativa era de 2,8% de crescimento. Agora, caiu para 2,6%. De acordo com o documento, essa mudança tem a ver com “a pausa no corte de juros pelo Banco Central em 2024, conforme apontado pelas expectativas de mercado”. Para 2026, a perspectiva do PIB, segundo o governo, passou de uma alta de 2,5% para um avanço de 2,6%.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, citou bons resultados na economia neste ano, mas pediu ‘parcimônia’ para a equipe nas projeções. Expectativa de inflação, segundo o governo, subiu para 3,9%. Governo mantém projeção de alta de 2,5% no PIB O governo manteve em 2,5% a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e é usado para medir o crescimento da economia. A informação consta no Boletim Macrofiscal, divulgado nesta quinta-feira (18) pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda. Já a previsão para a inflação deste ano subiu de 3,7% para 3,90%. A perspectiva para o PIB em 2025 caiu de 2,8% para 2,6%. Haddad pediu ‘parcimônia’ O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, no início da tarde, que "os dados da economia estão vindo muito bem [em 2024], consistentes e com baixa pressão nos preços, o que é ótimo, crescer com inflação controlada". No entanto, ele informou que pediu "parcimônia" de sua equipe na revisão da expectativa de PIB em 2024. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em foto de 4 de junho de 2024 Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda Nesta terça-feira (16), Haddad havia dito que o ministério deve revisar para cima a projeção do PIB deste ano. “O que é provável que aconteça", declarou o ministro no Palácio do Planalto, após reunião com empresários, lembrando que a economia continuou crescendo mesmo com a calamidade no Rio Grande do Sul. Porém, o documento do Ministério da Fazenda apresentado nesta quinta-feira não alterou a perspectiva para o crescimento econômico em 2024. Segundo a pasta, o impacto das enchentes do Rio Grande do Sul deve ser compensado por medidas de suporte a famílias e empresas. Projeção do PIB O resultado oficial do PIB é medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2023, o PIB registrou um crescimento de 2,9% na comparação com o ano anterior. Ao projetar uma alta de 2,5% neste ano, o governo espera uma desaceleração no ritmo de crescimento da economia brasileira. A estimativa do governo federal segue acima da projeção do mercado financeiro, que prevê um crescimento de 2,11% para este ano, segundo o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta semana. Já o Banco Central espera uma alta de 2,3% do PIB neste ano. O secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, disse que o governo vai continuar monitorando as informações para decidir sobre eventual revisão da projeção do PIB daqui dois meses. "Há possibilidade de revisão para cima? Claro que há. Mas temos que aguardar. Daqui dois meses saberemos", disse. Ele lembrou que nos últimos meses as projeções do mercado estão se aproximando do esperado pelo governo. Inflação O Ministério da Fazenda também piorou sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024. Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento. Em maio, o Ministério da Fazenda tinha estimado que a inflação atingiria 3,70% neste ano. Agora, no boletim de julho, essa perspectiva subiu para 3,9%. “Essa estimativa já leva em consideração os impactos do câmbio mais depreciado e da calamidade no RS nos preços, além dos reajustes recentes anunciados para os preços da gasolina e GLP”, segundo o documento. Próximos anos O Ministério da Fazenda revisou a projeção do PIB para 2025. Antes, a estimativa era de 2,8% de crescimento. Agora, caiu para 2,6%. De acordo com o documento, essa mudança tem a ver com “a pausa no corte de juros pelo Banco Central em 2024, conforme apontado pelas expectativas de mercado”. Para 2026, a perspectiva do PIB, segundo o governo, passou de uma alta de 2,5% para um avanço de 2,6%.