Ibovespa inverte sinal e opera em alta; ata do Fed e reforma tributária estão no radar
No dia anterior, o principal índice da bolsa de valores recuou 0,50%, aos 119.076 pontos. Ibovespa Burak The Weekender/Pexels O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, inverteu o sinal e opera em alta nesta quarta-feira (5), na contramão do exterior, enquanto investidores aguardam a divulgação da ata do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). No mercado interno, a principal pauta do dia segue sendo a reforma tributária, que governo e presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, querem votar ainda nesta semana. Às 11h50, o índice subia 0,28%, aos 119.414 pontos. Veja mais cotações. No dia anterior, o Ibovespa fechou com baixa de 050%, aos 119.076 pontos. Com o resultado, o índice passou a acumular altas de: 0,84% no mês; 8,51% no ano. O que está mexendo com os mercados? Hoje é dia de volta de feriado nos Estados Unidos e as atenções estão voltadas para a divulgação da ata do Fed, prevista para as 15h. Em sua última reunião, a instituição manteve as taxas de juros inalteradas entre 5,00% e 5,25% ao ano, mas emitiu um comunicado informando que novas altas nos próximos meses podem ser necessárias caso a inflação se mostre persistente. Juros mais altos na maior economia do mundo elevam o rendimento dos títulos públicos daquele país, que são considerados os mais seguros. Assim, investidores fazem uma migração, em nível global, para esses títulos, retirando dinheiro de ativos considerados de risco, como os mercados de ações, principalmente em países emergentes. Ainda nesta semana, na sexta-feira, os Estados Unidos divulgam seus dados de emprego do último mês e esse é um indicador importante, porque se o mercado de trabalho continua aquecido, a inflação pode se manter por mais tempo, levando ao aumento dos juros. Também no exterior, a China divulgou novos indicadores econômicos hoje. O PMI do setor de serviços (que mostra quais são as expectativas do mercado para aquele setor) caiu de 57,1 em junho para 53,9 em maio, enquanto a projeção apontava para 56,2. Já o cenário doméstico, o destaque do pregão continua o mesmo dos últimos dias: o andamento das pautas econômicas no Congresso Nacional, com destaque para a votação do texto do arcabouço fiscal (que voltou do Senado) na Câmara e, principalmente, as definições sobre a reforma tributária para que possa ser votada até sexta. De acordo com a Reuters, Arthur Lira e outros deputados envolvidos diretamente nas tratativas da reforma tributária buscam demover resistências para que a proposta, ainda sem votos necessários para ser aprovada, seja levada ao plenário da Casa nesta semana. Negociações se estendem e frustram "supersemana" de votação na Câmara Além das questões de mérito relacionadas aos detalhes da reforma, a votação esbarra ainda em um aspecto mais prático: a ausência de liberação de emendas parlamentares, encaradas por muitos dos deputados como um descumprimento do governo de sua parte do acordo selado com o Parlamento, disseram duas fontes à agência de notícias.
No dia anterior, o principal índice da bolsa de valores recuou 0,50%, aos 119.076 pontos. Ibovespa Burak The Weekender/Pexels O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, inverteu o sinal e opera em alta nesta quarta-feira (5), na contramão do exterior, enquanto investidores aguardam a divulgação da ata do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). No mercado interno, a principal pauta do dia segue sendo a reforma tributária, que governo e presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, querem votar ainda nesta semana. Às 11h50, o índice subia 0,28%, aos 119.414 pontos. Veja mais cotações. No dia anterior, o Ibovespa fechou com baixa de 050%, aos 119.076 pontos. Com o resultado, o índice passou a acumular altas de: 0,84% no mês; 8,51% no ano. O que está mexendo com os mercados? Hoje é dia de volta de feriado nos Estados Unidos e as atenções estão voltadas para a divulgação da ata do Fed, prevista para as 15h. Em sua última reunião, a instituição manteve as taxas de juros inalteradas entre 5,00% e 5,25% ao ano, mas emitiu um comunicado informando que novas altas nos próximos meses podem ser necessárias caso a inflação se mostre persistente. Juros mais altos na maior economia do mundo elevam o rendimento dos títulos públicos daquele país, que são considerados os mais seguros. Assim, investidores fazem uma migração, em nível global, para esses títulos, retirando dinheiro de ativos considerados de risco, como os mercados de ações, principalmente em países emergentes. Ainda nesta semana, na sexta-feira, os Estados Unidos divulgam seus dados de emprego do último mês e esse é um indicador importante, porque se o mercado de trabalho continua aquecido, a inflação pode se manter por mais tempo, levando ao aumento dos juros. Também no exterior, a China divulgou novos indicadores econômicos hoje. O PMI do setor de serviços (que mostra quais são as expectativas do mercado para aquele setor) caiu de 57,1 em junho para 53,9 em maio, enquanto a projeção apontava para 56,2. Já o cenário doméstico, o destaque do pregão continua o mesmo dos últimos dias: o andamento das pautas econômicas no Congresso Nacional, com destaque para a votação do texto do arcabouço fiscal (que voltou do Senado) na Câmara e, principalmente, as definições sobre a reforma tributária para que possa ser votada até sexta. De acordo com a Reuters, Arthur Lira e outros deputados envolvidos diretamente nas tratativas da reforma tributária buscam demover resistências para que a proposta, ainda sem votos necessários para ser aprovada, seja levada ao plenário da Casa nesta semana. Negociações se estendem e frustram "supersemana" de votação na Câmara Além das questões de mérito relacionadas aos detalhes da reforma, a votação esbarra ainda em um aspecto mais prático: a ausência de liberação de emendas parlamentares, encaradas por muitos dos deputados como um descumprimento do governo de sua parte do acordo selado com o Parlamento, disseram duas fontes à agência de notícias.