Ibovespa opera em alta acompanhando exterior e com reforma tributária no radar
Na última sexta-feira, o índice recuou 0,25%, aos 118.087 pontos, mas acumulou ganhos de 9% em junho, no 4º melhor desempenho mensal desde seu início. No primeiro semestre, acumulou valorização de 7,61%. Ibovespa opera em alta Freepik O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, abriu em alta nesta segunda-feira, acompanhando o desempenho positivos dos mercados internacionais. Por aqui, as atenções dos investidores estão voltadas ao andamento da reforma tributária na Câmara dos Deputados, que deve ser votada nos próximos dias. Às 10h10, o índice subia 0,55%, aos 118.731 pontos. Veja mais cotações. Na última sexta-feira, o Ibovespa fechou em baixa de 0,25%, aos 118.0,7 pontos, mas encerrou o mês com seu 4° melhor desempenho histórico. Com o resultado, o índice acumulou: queda de 0,75% na semana; alta de 9% no mês; alta de 7,61% no ano. O que está mexendo com os mercados? As atenções do mercado nesta semana estão voltadas principalmente ao andamento da proposta da reforma tributária. Arthur Lira afirmou que "de sexta não passa" a votação da reforma na Câmara e ainda disse que os deputados estão abertos ao diálogo, quando questionado sobre a resistência de governadores e prefeitos ao ponto do projeto que estabelece um conselho para gerir a divisão do tributo que vai substituir o ICMS e o ISS (impostos de alçada estadual e municipal). "Eu tenho que me colocar no lugar do governador de São Paulo, do prefeito do Rio, de todos que estão preocupados com perdas", comentou. O presidente da Câmara pontuou que não há ponto no texto que não possa ser mudado e que o governo também precisa compreender que a melhor reforma a ser aprovada é a "reforma possível". A reforma tributária é uma das prioridades do primeiro ano do governo Lula. A ideia é que esta primeira etapa da reforma: modernize a cobrança dos impostos sobre o consumo; diminua a burocracia para as empresas; facilite o recolhimento dos tributos; encerre distorções do atual modelo, que geram custos para produtores e consumidores. Além da reforma, outras pautas econômicas também devem estar nas pautas da Câmara nos próximos dias, com destaque para os projetos do Carf e o projeto do novo arcabouço fiscal, que voltou do Senado. Ainda no cenário doméstico, o último Boletim Focus - relatório do Banco Central do Brasil (BC) que reúne as projeções de economistas para os principais indicadores econômicos - mostra que o mercado financeiro projeta uma inflação de 4,98% até o fim de 2023, contra expectativa de 5,06% na última semana. Essa já é a sétima semana consecutiva de queda nas projeções, mas elas ainda apontam para uma inflação acima da meta do BC - de 3,25%, podendo oscilar entre 1,5% e 4,5%. As expectativas também caíram para a Selic, taxa básica de juros. Agora, os economistas projetam uma taxa Selic em 12% até o fim do ano, contra 12,25% anteriormente. No exterior, dados da China e da Europa mostram uma desaceleração econômica. No país asiático, o PMI Industrial do Caixim (um indicador que consulta 650 empresas industriais para sondar a a percepção sobre a economia) caiu de 50,9 em maio para 50,5 em junho. No entanto, os mercados naquele continente fecharam em alta, com a expectativa de que o banco central chinês ofereça estímulos econômicos para reaquecer a atividade. Já na zona do euro, o PMI da indústria caiu para 43,4, em relação aos 44,8 de maio, o nível mais baixo desde que a pandemia de Covid se consolidava no mundo. O resultado ficou abaixo da leitura preliminar de 43,6 e mais longe da marca de 50 que separa crescimento de contração. Nos Estados Unidos, investidores aguardam a divulgação da ata do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que pode trazer sinalizações sobre o rumo das taxas de juros no país, e dados de desemprego nos próximos dias.
Na última sexta-feira, o índice recuou 0,25%, aos 118.087 pontos, mas acumulou ganhos de 9% em junho, no 4º melhor desempenho mensal desde seu início. No primeiro semestre, acumulou valorização de 7,61%. Ibovespa opera em alta Freepik O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, abriu em alta nesta segunda-feira, acompanhando o desempenho positivos dos mercados internacionais. Por aqui, as atenções dos investidores estão voltadas ao andamento da reforma tributária na Câmara dos Deputados, que deve ser votada nos próximos dias. Às 10h10, o índice subia 0,55%, aos 118.731 pontos. Veja mais cotações. Na última sexta-feira, o Ibovespa fechou em baixa de 0,25%, aos 118.0,7 pontos, mas encerrou o mês com seu 4° melhor desempenho histórico. Com o resultado, o índice acumulou: queda de 0,75% na semana; alta de 9% no mês; alta de 7,61% no ano. O que está mexendo com os mercados? As atenções do mercado nesta semana estão voltadas principalmente ao andamento da proposta da reforma tributária. Arthur Lira afirmou que "de sexta não passa" a votação da reforma na Câmara e ainda disse que os deputados estão abertos ao diálogo, quando questionado sobre a resistência de governadores e prefeitos ao ponto do projeto que estabelece um conselho para gerir a divisão do tributo que vai substituir o ICMS e o ISS (impostos de alçada estadual e municipal). "Eu tenho que me colocar no lugar do governador de São Paulo, do prefeito do Rio, de todos que estão preocupados com perdas", comentou. O presidente da Câmara pontuou que não há ponto no texto que não possa ser mudado e que o governo também precisa compreender que a melhor reforma a ser aprovada é a "reforma possível". A reforma tributária é uma das prioridades do primeiro ano do governo Lula. A ideia é que esta primeira etapa da reforma: modernize a cobrança dos impostos sobre o consumo; diminua a burocracia para as empresas; facilite o recolhimento dos tributos; encerre distorções do atual modelo, que geram custos para produtores e consumidores. Além da reforma, outras pautas econômicas também devem estar nas pautas da Câmara nos próximos dias, com destaque para os projetos do Carf e o projeto do novo arcabouço fiscal, que voltou do Senado. Ainda no cenário doméstico, o último Boletim Focus - relatório do Banco Central do Brasil (BC) que reúne as projeções de economistas para os principais indicadores econômicos - mostra que o mercado financeiro projeta uma inflação de 4,98% até o fim de 2023, contra expectativa de 5,06% na última semana. Essa já é a sétima semana consecutiva de queda nas projeções, mas elas ainda apontam para uma inflação acima da meta do BC - de 3,25%, podendo oscilar entre 1,5% e 4,5%. As expectativas também caíram para a Selic, taxa básica de juros. Agora, os economistas projetam uma taxa Selic em 12% até o fim do ano, contra 12,25% anteriormente. No exterior, dados da China e da Europa mostram uma desaceleração econômica. No país asiático, o PMI Industrial do Caixim (um indicador que consulta 650 empresas industriais para sondar a a percepção sobre a economia) caiu de 50,9 em maio para 50,5 em junho. No entanto, os mercados naquele continente fecharam em alta, com a expectativa de que o banco central chinês ofereça estímulos econômicos para reaquecer a atividade. Já na zona do euro, o PMI da indústria caiu para 43,4, em relação aos 44,8 de maio, o nível mais baixo desde que a pandemia de Covid se consolidava no mundo. O resultado ficou abaixo da leitura preliminar de 43,6 e mais longe da marca de 50 que separa crescimento de contração. Nos Estados Unidos, investidores aguardam a divulgação da ata do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que pode trazer sinalizações sobre o rumo das taxas de juros no país, e dados de desemprego nos próximos dias.