Juros do rotativo do cartão de crédito aumentam em julho e atingem 445,7%, diz BC

Inadimplência chega a 49,5% das operações com cartão de crédito em julho, segundo dados do Banco Central. Na mira do governo e Congresso, juro do rotativo tem nova alta e chega a 445% ao ano Os juros do rotativo do cartão de crédito atingiram 445,7% em julho, segundo dados publicados pelo Banco Central nesta segunda-feira (28). No mês anterior, a taxa estava em 437%. O rotativo é a modalidade de crédito mais cara do Brasil. É cobrado quando o cliente não paga o valor total da fatura e joga a dívida para o mês seguinte. No início de agosto, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que avalia alternativas para reduzir a inadimplência nas operações com cartão de crédito rotativo. Campos Neto afirmou que uma alternativa seria extinguir o rotativo do cartão, acionado automaticamente sobre o saldo devedor. Atualmente, segundo dados de julho, a inadimplência chega a 49,5% das operações. São R$ 76 bilhões em dívidas. O que pode mudar no crédito rotativo do cartão Segundo o presidente do BC, para substituir o rotativo, a instituição pretende criar uma taxa de 9% ao mês sobre o valor devido pelo cliente. "A solução está se encaminhando para que não tenha mais rotativo, que o crédito vá direto para o parcelamento. Que seja uma taxa ao redor de 9% [ao mês]. Você extingue o rotativo. Quem não paga o cartão, vai direto para o parcelamento ao redor de 9% [ao mês]", declarou na ocasião. Endividamento das famílias Segundo o relatório do BC, em junho, o endividamento das famílias ficou em 48,3%, com queda de 0,5 ponto percentual em relação a maio. No acumulado em 12 meses, houve aumento de 1,6 ponto. Já o comprometimento da renda avançou em junho. De acordo com o BC, 28,3% da renda total das famílias estão comprometidos com dívidas. O endividamento das famílias é a comparação entre a renda bruta anual, calculada pelo BC, e o saldo das operações de crédito. Quando há queda no endividamento, as pessoas podem ter tomado menos empréstimos e financiamentos ou podem ter tido alta na renda. Segundo o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Coelho, a queda em junho pode ser explicada pelo segundo fator.

Juros do rotativo do cartão de crédito aumentam em julho e atingem 445,7%, diz BC
Inadimplência chega a 49,5% das operações com cartão de crédito em julho, segundo dados do Banco Central. Na mira do governo e Congresso, juro do rotativo tem nova alta e chega a 445% ao ano Os juros do rotativo do cartão de crédito atingiram 445,7% em julho, segundo dados publicados pelo Banco Central nesta segunda-feira (28). No mês anterior, a taxa estava em 437%. O rotativo é a modalidade de crédito mais cara do Brasil. É cobrado quando o cliente não paga o valor total da fatura e joga a dívida para o mês seguinte. No início de agosto, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que avalia alternativas para reduzir a inadimplência nas operações com cartão de crédito rotativo. Campos Neto afirmou que uma alternativa seria extinguir o rotativo do cartão, acionado automaticamente sobre o saldo devedor. Atualmente, segundo dados de julho, a inadimplência chega a 49,5% das operações. São R$ 76 bilhões em dívidas. O que pode mudar no crédito rotativo do cartão Segundo o presidente do BC, para substituir o rotativo, a instituição pretende criar uma taxa de 9% ao mês sobre o valor devido pelo cliente. "A solução está se encaminhando para que não tenha mais rotativo, que o crédito vá direto para o parcelamento. Que seja uma taxa ao redor de 9% [ao mês]. Você extingue o rotativo. Quem não paga o cartão, vai direto para o parcelamento ao redor de 9% [ao mês]", declarou na ocasião. Endividamento das famílias Segundo o relatório do BC, em junho, o endividamento das famílias ficou em 48,3%, com queda de 0,5 ponto percentual em relação a maio. No acumulado em 12 meses, houve aumento de 1,6 ponto. Já o comprometimento da renda avançou em junho. De acordo com o BC, 28,3% da renda total das famílias estão comprometidos com dívidas. O endividamento das famílias é a comparação entre a renda bruta anual, calculada pelo BC, e o saldo das operações de crédito. Quando há queda no endividamento, as pessoas podem ter tomado menos empréstimos e financiamentos ou podem ter tido alta na renda. Segundo o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Coelho, a queda em junho pode ser explicada pelo segundo fator.