Justiça de MT recebe denúncia contra 14 acusados de lavagem de dinheiro em casas noturnas de Cuiabá

Decisão determinou que o Ministério Público dê explicações por não ter denunciado outras seis pessoas envolvidas e ligadas ao grupo criminoso, além do vereador Paulo Henrique de Figueiredo Masson. Polícia cumpre mandados durante operação Luiz Vieira A Justiça de Mato Grosso recebeu a denúncia do Ministério Público do Estado (MPMT) e tornou réu 14 alvos da Operação Ragnatela. Os envolvidos são acusados de envolvimento com uma organização criminosa que realiza shows em casas noturnas, em Cuiabá. A decisão dessa nessa terça-feira (23) foi assinada pelo juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra. Conforme a decisão, o Ministério Público deverá dar explicações por não ter denunciado outras seis pessoas envolvidas e ligadas ao grupo criminoso e, também, o vereador Paulo Henrique de Figueiredo Masson, que foi citado nas investigações por ter uma suposta ligação com a organização criminosa, facilitando a liberação de alvarás das casas noturnas que operavam a lavagem de dinheiro. Saiba quem são e como agiam grupo com agentes públicos e faccionados investigados por lavagem de dinheiro em casas noturnas de Cuiabá Veja abaixo a lista de denunciados e o que a investigação aponta: Ana Cristina Brauna Freitas: responsável por organizar e promover shows financiados pelos denunciados Agner Luiz Pereira de Oliveira Soares: responsável pela rentabilidade dos lucros obtidos com os shows e venda de entorpecentes Clawilson Almeida Lacava: não teve função identificada Elzyo Jardel Xavier Pires: responsável por organização de eventos e corrupção de agentes públicos Joanilson de Lima Oliveira: integrante da organização criminosa Joadir Alves Gonçalves: ocupa cargo de chefia da organização criminosa João Lennon Arruda de Souza: proprietário de duas empresas envolvidas Kamilla Beretta Bertoni: responsável pela realização de shows em casas noturnas de Cuiabá e responsável financeira sobre os eventos Lauriano Silva Gomes da Cruz: ocupa cargo de chefia da organização criminosa Matheus Araújo Barbosa: ocupava a função de promoter, vendendo ingressos e camarotes Rafael Piaia Pael: responsável pela organização de eventos para lavagem de dinheiro Rodrigo de Souza Leal: ocupava a função de promoter e responsável pela realização de eventos Willian Aparecido da Costa Pereira: atuava como “testa de ferro” de Joadir Wilson Carlos da Costa: responsável pela organização de eventos e promoção dos shows O g1 tenta contato com a defesa dos denunciados. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MT no WhatsApp Na época da denúncia do MP, a investigada Ana Cristina Brauna Freitas informou que irá apresentar a defesa e inocência durante o processo. A defesa de Rafael Piaia Pael também se manifestou, afirmando que as acusações contra o cliente são "infundadas e não correspondem com a realidade dos fatos" e que será provada a inocência. Prisões Segundo a decisão, os seguintes denunciados tiveram a prisão preventiva decretada no processo: Elzyo Jardel Xavier Pires, Joanilson de Lima Oliveira, Joadir Alves Gonçalves, João Lennon Arruda de Souza, Kamilla Beretta Bertoni, Rodrigo de Souza Leal e Willian Aparecido da Costa Pereira. No entanto, Kamilla, Rodrigo e Lauriano conseguiram liberdade provisória por meio de habeas corpus. As prisões preventivas dos acusados foram decretadas com base em provas concretas de envolvimento com a organização criminosa, de acordo com a decisão. As escutas telefônicas, que duraram mais de um ano, confirmaram a atuação do grupo, revelando eventos realizados entre 2021 e o final de 2023. Esses eventos envolveram ocultação de bens e dinheiro provenientes de atividades ilícitas. A decisão de manter as prisões preventivas foi tomada para garantir a segurança pública e evitar que os crimes continuem. Não houve mudanças importantes no caso que justificassem a liberação dos presos, conforme o juiz. As defesas de Joadir, Joanilson, João, Willian e Elzyo entraram com um pedido de habeas corpus, mas as prisões foram mantidas. Já os pedidos de restituição de bens foram encaminhados para serem protocolados separadamente. Agentes públicos Em junho deste ano, a polícia identificou a participação de agentes públicos responsáveis pela fiscalização e concessão de licenças para a realização dos shows, que agiam sem observância da legislação. À época, o vereador de Cuiabá Paulo Henrique de Figueiredo e o policial penal Luiz Otávio estavam entre os alvos de busca e apreensão da operação. No entanto, ambos ficaram de fora da denúncia do Ministério Público. Entenda o caso Mais de 40 mandados de prisão e busca foram cumpridos durante a Operação Ragnatela, contra suspeitos de integrar a maior facção criminosa de Mato Grosso, responsável por promover shows nacionais e lavar dinheiro em casas noturnas de Cuiabá. Segundo a Polícia Federal, foram cumpridos oito mandados de prisão e 36 de busca e apreensão, em Mato Grosso e no Rio de Janeiro, além do sequestro de imóveis e veículos, bloqueio de contas bancárias, afastamento de servidores de ca

Justiça de MT recebe denúncia contra 14 acusados de lavagem de dinheiro em casas noturnas de Cuiabá

Decisão determinou que o Ministério Público dê explicações por não ter denunciado outras seis pessoas envolvidas e ligadas ao grupo criminoso, além do vereador Paulo Henrique de Figueiredo Masson. Polícia cumpre mandados durante operação Luiz Vieira A Justiça de Mato Grosso recebeu a denúncia do Ministério Público do Estado (MPMT) e tornou réu 14 alvos da Operação Ragnatela. Os envolvidos são acusados de envolvimento com uma organização criminosa que realiza shows em casas noturnas, em Cuiabá. A decisão dessa nessa terça-feira (23) foi assinada pelo juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra. Conforme a decisão, o Ministério Público deverá dar explicações por não ter denunciado outras seis pessoas envolvidas e ligadas ao grupo criminoso e, também, o vereador Paulo Henrique de Figueiredo Masson, que foi citado nas investigações por ter uma suposta ligação com a organização criminosa, facilitando a liberação de alvarás das casas noturnas que operavam a lavagem de dinheiro. Saiba quem são e como agiam grupo com agentes públicos e faccionados investigados por lavagem de dinheiro em casas noturnas de Cuiabá Veja abaixo a lista de denunciados e o que a investigação aponta: Ana Cristina Brauna Freitas: responsável por organizar e promover shows financiados pelos denunciados Agner Luiz Pereira de Oliveira Soares: responsável pela rentabilidade dos lucros obtidos com os shows e venda de entorpecentes Clawilson Almeida Lacava: não teve função identificada Elzyo Jardel Xavier Pires: responsável por organização de eventos e corrupção de agentes públicos Joanilson de Lima Oliveira: integrante da organização criminosa Joadir Alves Gonçalves: ocupa cargo de chefia da organização criminosa João Lennon Arruda de Souza: proprietário de duas empresas envolvidas Kamilla Beretta Bertoni: responsável pela realização de shows em casas noturnas de Cuiabá e responsável financeira sobre os eventos Lauriano Silva Gomes da Cruz: ocupa cargo de chefia da organização criminosa Matheus Araújo Barbosa: ocupava a função de promoter, vendendo ingressos e camarotes Rafael Piaia Pael: responsável pela organização de eventos para lavagem de dinheiro Rodrigo de Souza Leal: ocupava a função de promoter e responsável pela realização de eventos Willian Aparecido da Costa Pereira: atuava como “testa de ferro” de Joadir Wilson Carlos da Costa: responsável pela organização de eventos e promoção dos shows O g1 tenta contato com a defesa dos denunciados. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MT no WhatsApp Na época da denúncia do MP, a investigada Ana Cristina Brauna Freitas informou que irá apresentar a defesa e inocência durante o processo. A defesa de Rafael Piaia Pael também se manifestou, afirmando que as acusações contra o cliente são "infundadas e não correspondem com a realidade dos fatos" e que será provada a inocência. Prisões Segundo a decisão, os seguintes denunciados tiveram a prisão preventiva decretada no processo: Elzyo Jardel Xavier Pires, Joanilson de Lima Oliveira, Joadir Alves Gonçalves, João Lennon Arruda de Souza, Kamilla Beretta Bertoni, Rodrigo de Souza Leal e Willian Aparecido da Costa Pereira. No entanto, Kamilla, Rodrigo e Lauriano conseguiram liberdade provisória por meio de habeas corpus. As prisões preventivas dos acusados foram decretadas com base em provas concretas de envolvimento com a organização criminosa, de acordo com a decisão. As escutas telefônicas, que duraram mais de um ano, confirmaram a atuação do grupo, revelando eventos realizados entre 2021 e o final de 2023. Esses eventos envolveram ocultação de bens e dinheiro provenientes de atividades ilícitas. A decisão de manter as prisões preventivas foi tomada para garantir a segurança pública e evitar que os crimes continuem. Não houve mudanças importantes no caso que justificassem a liberação dos presos, conforme o juiz. As defesas de Joadir, Joanilson, João, Willian e Elzyo entraram com um pedido de habeas corpus, mas as prisões foram mantidas. Já os pedidos de restituição de bens foram encaminhados para serem protocolados separadamente. Agentes públicos Em junho deste ano, a polícia identificou a participação de agentes públicos responsáveis pela fiscalização e concessão de licenças para a realização dos shows, que agiam sem observância da legislação. À época, o vereador de Cuiabá Paulo Henrique de Figueiredo e o policial penal Luiz Otávio estavam entre os alvos de busca e apreensão da operação. No entanto, ambos ficaram de fora da denúncia do Ministério Público. Entenda o caso Mais de 40 mandados de prisão e busca foram cumpridos durante a Operação Ragnatela, contra suspeitos de integrar a maior facção criminosa de Mato Grosso, responsável por promover shows nacionais e lavar dinheiro em casas noturnas de Cuiabá. Segundo a Polícia Federal, foram cumpridos oito mandados de prisão e 36 de busca e apreensão, em Mato Grosso e no Rio de Janeiro, além do sequestro de imóveis e veículos, bloqueio de contas bancárias, afastamento de servidores de cargos públicos e suspensão de atividades comerciais. As investigações identificaram que os criminosos participavam da gestão das casas noturnas e, com isso, o grupo passou a realizar shows de cantores nacionalmente conhecidos, custeados pela facção criminosa em conjunto com um grupo de promoters.