Moraes pede laudo à PF e dá prazo para Roberto Jefferson explicar visitas durante prisão domiciliar
No áudio, presidenciável diz que recebe visitas de membros do PTB em casa, mas atitude descumpre decisão imposta pelo STF
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal elabore um laudo sobre um áudio em que o candidato à presidência da República, Roberto Jefferson (PTB), afirma receber visitas de dirigentes do partido. O político está em prisão domiciliar e as visitas configuram descumprimento das medidas cautelares impostas pela Justiça. A defesa do ex-deputado federal tem 24 horas para se manifestar sobre o caso.
"Diante das notícias veiculadas na imprensa no sentido de que Roberto Jefferson Monteiro Francisco está recebendo visitas e passando orientações a dirigentes do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), em descumprimento das medidas cautelares impostas judicialmente, intime-se a defesa do denunciado, para manifestação, no prazo de 24 horas", diz a decisão do ministro.
Moraes havia concedido prisão domiciliar a Roberto Jefferson em janeiro, após o ex-deputado federal ficar cinco meses preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, no Rio de Janeiro, por uma série de ataques e ofensas que dirigiu ao STF e aos ministros da Corte nas redes sociais.
Segundo a investigação da PF, Roberto Jefferson seria o chefe de uma organização criminosa de forte atuação digital e com núcleos de produção, publicação, financiamento e político, "cuja finalidade seria atentar contra a democracia e os poderes Legislativo e Judiciário".
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Após conseguir reverter a prisão na penitenciária para a domiciliar, Roberto Jefferson deveria cumprir uma série de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de manter contato com outros investigados, proibição de usar as redes sociais e dar entrevistas.
No entanto, um áudio vazado de Roberto Jefferson sugere que o presidenciável teria recebido membros do PTB em casa. Além disso, ele também dá orientações para o diretório do partido no Rio Grande do Sul.