Prisão de Corina Machado afasta ainda mais Lula de Maduro, dizem assessores do presidente
A prisão de Corina Machado, principal líder de oposição ao governo de Nicolás Maduro, afasta ainda mais o governo Lula do atual presidente da Venezuela, segundo relato de assessores próximos de Lula. O blog ouviu de um ministro de Lula que a prisão “não chega a surpreender, pela escalada na repressão de Maduro aos seus opositores”. Lula, de acordo com outro assessor, tem se posicionado fortemente em defesa da democracia no Brasil e não poderia ter posição diferente em relação a Venezuela. Corina Machado foi presa enquanto saía de uma manifestação contra Maduro na região de Caracas, nesta quinta-feira (9). A localização dela é desconhecida, segundo assessores ouvidos pelo g1. Presidentes Lula e Maduro durante encontro em Brasília, em maio de 2023. Ueslei Marcelino/Reuters O Brasil vive um afastamento em relação ao país vizinho desde o final do processo eleitoral venezuelano, quando integrantes da corte eleitoral, comandada por aliados de Maduro, não aceitaram tornar públicas as atas eleitorais. A partir dali, Maduro afirmou ter sido vencedor do pleito, ação seguida por uma escalada nos atos de perseguição a opositores. O principal adversário dele nas urnas, Edmundo González, chegou a ter a prisão decretada. A oposição denuncia regularmente a prisão de pessoas contrárias ao regime Maduro de forma arbitrária, no que eles classificam como sequestro. Uma das últimas vítimas foi o genro de González, que foi detido por homens encapuzados na segunda-feira (6). Oposição e chavismo vão às ruas na Venezuela Eleição contestada Tanto a oposição quanto os chavistas reivindicam vitória nas eleições ocorridas em 28 de julho. A autoridade eleitoral e o tribunal superior do país, ambos controlados por apoiadores de Maduro, afirmam que o atual líder do regime venceu o pleito de julho, embora nunca tenham publicado os resultados detalhados. Já a oposição diz que Edmundo González, de 75 anos, venceu a eleição com uma vitória esmagadora. O partido publicou as contagens de votos como evidência, ganhando o apoio de governos de todo o mundo, inclusive dos Estados Unidos, que consideram o opositor como o presidente eleito. González, que está em visita à República Dominicana nesta quinta, prometeu que estará em Caracas para tomar posse no dia 10. Ele deixou a Venezuela em setembro e se asilou na Espanha. O governo Maduro, que tem acusado a oposição de fomentar conspirações fascistas contra ele, disse que prenderá González caso ele retorne ao país.
A prisão de Corina Machado, principal líder de oposição ao governo de Nicolás Maduro, afasta ainda mais o governo Lula do atual presidente da Venezuela, segundo relato de assessores próximos de Lula. O blog ouviu de um ministro de Lula que a prisão “não chega a surpreender, pela escalada na repressão de Maduro aos seus opositores”. Lula, de acordo com outro assessor, tem se posicionado fortemente em defesa da democracia no Brasil e não poderia ter posição diferente em relação a Venezuela. Corina Machado foi presa enquanto saía de uma manifestação contra Maduro na região de Caracas, nesta quinta-feira (9). A localização dela é desconhecida, segundo assessores ouvidos pelo g1. Presidentes Lula e Maduro durante encontro em Brasília, em maio de 2023. Ueslei Marcelino/Reuters O Brasil vive um afastamento em relação ao país vizinho desde o final do processo eleitoral venezuelano, quando integrantes da corte eleitoral, comandada por aliados de Maduro, não aceitaram tornar públicas as atas eleitorais. A partir dali, Maduro afirmou ter sido vencedor do pleito, ação seguida por uma escalada nos atos de perseguição a opositores. O principal adversário dele nas urnas, Edmundo González, chegou a ter a prisão decretada. A oposição denuncia regularmente a prisão de pessoas contrárias ao regime Maduro de forma arbitrária, no que eles classificam como sequestro. Uma das últimas vítimas foi o genro de González, que foi detido por homens encapuzados na segunda-feira (6). Oposição e chavismo vão às ruas na Venezuela Eleição contestada Tanto a oposição quanto os chavistas reivindicam vitória nas eleições ocorridas em 28 de julho. A autoridade eleitoral e o tribunal superior do país, ambos controlados por apoiadores de Maduro, afirmam que o atual líder do regime venceu o pleito de julho, embora nunca tenham publicado os resultados detalhados. Já a oposição diz que Edmundo González, de 75 anos, venceu a eleição com uma vitória esmagadora. O partido publicou as contagens de votos como evidência, ganhando o apoio de governos de todo o mundo, inclusive dos Estados Unidos, que consideram o opositor como o presidente eleito. González, que está em visita à República Dominicana nesta quinta, prometeu que estará em Caracas para tomar posse no dia 10. Ele deixou a Venezuela em setembro e se asilou na Espanha. O governo Maduro, que tem acusado a oposição de fomentar conspirações fascistas contra ele, disse que prenderá González caso ele retorne ao país.