'Quem usou máquina pública nessa eleição foi o atual prefeito', diz Boulos sobre processo em que é réu por suposto abuso de poder

Em caminhada pelo Centro de São Paulo nesta terça (20), candidato do PSOL disse que Ricardo Nunes (MDB) usou dinheiro público para promover reeleição. Boulos fez panfletagem no comércio local, conversou com apoiadores e apresentou propostas para revitalizar região. Guilherme Boulos (PSOL) em agenda no Centro de São Paulo, na tarde desta terça (20) Gustavo Honório/g1 O candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) participou, na tarde desta terça-feira (20), de uma caminhada pelo Centro da capital acompanhado de apoiadores e outros candidatos do partido. Ao ser questionado sobre o processo em que é réu por abuso de poder político e econômico, que corre na Justiça Eleitoral, Boulos disse que "quem usou a máquina pública nesta eleição foi o atual prefeito", Ricardo Nunes (MDB). "Se é disso que a Justiça quer falar, é importante que trate disso. O atual prefeito ficou meses utilizando inaugurações, às vezes, inauguração de meio metro de asfalto, para poder me atacar, para poder promover a candidatura dele com o nosso dinheiro, com o dinheiro público", apontou o candidato. No mesmo processo, a Justiça negou liminar do Ministério Público para que sua candidatura fosse suspensa. "Isso aí é absurdo, né? O juiz se posicionou logo, negou. Agora, quem hoje está respondendo por um pedido de cassação da sua candidatura, com parecer favorável do Ministério Público Eleitoral, é candidato que só usa da mentira, é candidato que só sabe atacar, só quer rebaixar o debate. Eu acho que a Justiça fez o seu papel", comentou Boulos, se referindo a ação contra o também candidato Pablo Marçal (PRTB). Em nota, Ricardo Nunes disse que as acusações de Guilherme Boulos não têm respaldo na realidade. A defesa do atual prefeito continuou: "Fato é que quem foi condenado pela Justiça Eleitoral a pagar multa por propaganda antecipada foi o Guilherme Boulos e o presidente Lula em palanque durante um evento do dia do trabalho, muito antes do período eleitoral". Agenda e propostas Durante a agenda, que começou em frente à estação Anhangabaú do Metrô e terminou no final da Rua Barão de Itapetininga, Boulos entrou nos estabelecimentos para fazer panfletagem, conversou com apoiadores e apresentou propostas de revitalização para a região central. O candidato reafirmou o compromisso de dar função social aos imóveis abandonados e disse que criará incentivo de crédito a pequenos e médios comerciantes que queiram atuar no Centro. "Tem um monte de edifício abandonado, inclusive público, que está largado e vira espaço para o crime. A gente vai reformar e vai virar, em alguns casos, moradia; em outros casos, espaço para escritório, para retomar o trabalho aqui no Centro", disse. "Na Rua São Bento, a cada comércio aberto, são dois fechados. É um ponto que vamos atuar com a Agência de Crédito Municipal. A prefeitura vai dar estímulo aos pequenos e médios empresários que queiram se estabelecer aqui. A ideia geral é trazer mais gente, tanto para morar — para que o Centro não fique um breu depois das 18h — quanto para trabalhar. É o que o Centro merece", completou Boulos. Além disso, o candidato reforçou que, para ajudar nessas medidas, pretende dobrar o efetivo da Guarda Civil Metropolitana na capital. Guilherme Boulos (PSOL) em agenda no Centro de São Paulo, na tarde desta terça (20) Gustavo Honório/g1 Sobre as regiões da Cracolândia, Boulos disse se tratar de um problema complexo e apresentou três propostas para tentar resolver a questão. "Meu mestrado é em psiquiatria, estudei dependência química. Ali, temos que atuar de três maneiras: com a segurança pública para combater o tráfico, não deixar a droga chegar lá. Segundo: atuando com intervenção social. Ali é um problema também de população de rua, de gente que está sem perspectiva de ir para o trabalho e acaba se afundando na droga, vamos ter um programa para poder acolher essas pessoas." "E o terceiro, com saúde mental. Vamos criar o CAPS móvel, são consultórios de rua levando os profissionais da saúde mental e assistentes sociais para abordar as pessoas que hoje são usuárias de drogas", completou. Ao falar sobre a região central, Boulos voltou a criticar Nunes: "Esse Centro, que foi deixado no abandono pelo atual governo, vai mudar a partir do ano que vem". O candidato disse que conta com o apoio dos eleitores de Lula (PT) em São Paulo para vencer as eleições. "Há dois anos, essa cidade se levantou e ajudou a eleger o Lula e derrotou o Bolsonaro. A gente vai completar o serviço e derrotar o bolsonarismo, seja ele raiz ou 'nutella'." Minutos antes de finalizar a agenda, Boulos foi questionado por um homem sobre seu parecer no caso da suposta "rachadinha" envolvendo o deputado federal André Janones (Avante). "Boulos, vai falar da rachadinha do Janones?", perguntou. "A gente falou", respondeu Boulos, dando continuidade à caminhada. Em seguida, o homem xingou o candidato, que já estava metros à frente, e foi confrontado por apoiadores de Boulos.

'Quem usou máquina pública nessa eleição foi o atual prefeito', diz Boulos sobre processo em que é réu por suposto abuso de poder

Em caminhada pelo Centro de São Paulo nesta terça (20), candidato do PSOL disse que Ricardo Nunes (MDB) usou dinheiro público para promover reeleição. Boulos fez panfletagem no comércio local, conversou com apoiadores e apresentou propostas para revitalizar região. Guilherme Boulos (PSOL) em agenda no Centro de São Paulo, na tarde desta terça (20) Gustavo Honório/g1 O candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) participou, na tarde desta terça-feira (20), de uma caminhada pelo Centro da capital acompanhado de apoiadores e outros candidatos do partido. Ao ser questionado sobre o processo em que é réu por abuso de poder político e econômico, que corre na Justiça Eleitoral, Boulos disse que "quem usou a máquina pública nesta eleição foi o atual prefeito", Ricardo Nunes (MDB). "Se é disso que a Justiça quer falar, é importante que trate disso. O atual prefeito ficou meses utilizando inaugurações, às vezes, inauguração de meio metro de asfalto, para poder me atacar, para poder promover a candidatura dele com o nosso dinheiro, com o dinheiro público", apontou o candidato. No mesmo processo, a Justiça negou liminar do Ministério Público para que sua candidatura fosse suspensa. "Isso aí é absurdo, né? O juiz se posicionou logo, negou. Agora, quem hoje está respondendo por um pedido de cassação da sua candidatura, com parecer favorável do Ministério Público Eleitoral, é candidato que só usa da mentira, é candidato que só sabe atacar, só quer rebaixar o debate. Eu acho que a Justiça fez o seu papel", comentou Boulos, se referindo a ação contra o também candidato Pablo Marçal (PRTB). Em nota, Ricardo Nunes disse que as acusações de Guilherme Boulos não têm respaldo na realidade. A defesa do atual prefeito continuou: "Fato é que quem foi condenado pela Justiça Eleitoral a pagar multa por propaganda antecipada foi o Guilherme Boulos e o presidente Lula em palanque durante um evento do dia do trabalho, muito antes do período eleitoral". Agenda e propostas Durante a agenda, que começou em frente à estação Anhangabaú do Metrô e terminou no final da Rua Barão de Itapetininga, Boulos entrou nos estabelecimentos para fazer panfletagem, conversou com apoiadores e apresentou propostas de revitalização para a região central. O candidato reafirmou o compromisso de dar função social aos imóveis abandonados e disse que criará incentivo de crédito a pequenos e médios comerciantes que queiram atuar no Centro. "Tem um monte de edifício abandonado, inclusive público, que está largado e vira espaço para o crime. A gente vai reformar e vai virar, em alguns casos, moradia; em outros casos, espaço para escritório, para retomar o trabalho aqui no Centro", disse. "Na Rua São Bento, a cada comércio aberto, são dois fechados. É um ponto que vamos atuar com a Agência de Crédito Municipal. A prefeitura vai dar estímulo aos pequenos e médios empresários que queiram se estabelecer aqui. A ideia geral é trazer mais gente, tanto para morar — para que o Centro não fique um breu depois das 18h — quanto para trabalhar. É o que o Centro merece", completou Boulos. Além disso, o candidato reforçou que, para ajudar nessas medidas, pretende dobrar o efetivo da Guarda Civil Metropolitana na capital. Guilherme Boulos (PSOL) em agenda no Centro de São Paulo, na tarde desta terça (20) Gustavo Honório/g1 Sobre as regiões da Cracolândia, Boulos disse se tratar de um problema complexo e apresentou três propostas para tentar resolver a questão. "Meu mestrado é em psiquiatria, estudei dependência química. Ali, temos que atuar de três maneiras: com a segurança pública para combater o tráfico, não deixar a droga chegar lá. Segundo: atuando com intervenção social. Ali é um problema também de população de rua, de gente que está sem perspectiva de ir para o trabalho e acaba se afundando na droga, vamos ter um programa para poder acolher essas pessoas." "E o terceiro, com saúde mental. Vamos criar o CAPS móvel, são consultórios de rua levando os profissionais da saúde mental e assistentes sociais para abordar as pessoas que hoje são usuárias de drogas", completou. Ao falar sobre a região central, Boulos voltou a criticar Nunes: "Esse Centro, que foi deixado no abandono pelo atual governo, vai mudar a partir do ano que vem". O candidato disse que conta com o apoio dos eleitores de Lula (PT) em São Paulo para vencer as eleições. "Há dois anos, essa cidade se levantou e ajudou a eleger o Lula e derrotou o Bolsonaro. A gente vai completar o serviço e derrotar o bolsonarismo, seja ele raiz ou 'nutella'." Minutos antes de finalizar a agenda, Boulos foi questionado por um homem sobre seu parecer no caso da suposta "rachadinha" envolvendo o deputado federal André Janones (Avante). "Boulos, vai falar da rachadinha do Janones?", perguntou. "A gente falou", respondeu Boulos, dando continuidade à caminhada. Em seguida, o homem xingou o candidato, que já estava metros à frente, e foi confrontado por apoiadores de Boulos.