Reforma tributária: Haddad diz que Lira foi 'grande liderança' e só 'extremistas' se opuseram ao texto

Câmara aprovou PEC em dois turnos na madrugada de quinta para sexta, com placar amplo. Deputados se reúnem nesta sexta para analisar quatro trechos; depois, reforma vai para o Senado. Fernando Haddad sobre reforma tributária: ‘Não haverá briga federativa’ O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (7) que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), foi uma "grande liderança" na aprovação da reforma tributária pelos deputados. "Liguei para ele [Lira], evidentemente. Foi uma grande liderança, teve um papel fundamental. Está todo mundo de parabéns", declarou. Ainda segundo Haddad, "só os extremistas" se opuseram ao texto aprovado em dois turnos na madrugada de quinta (6) para sexta. Os deputados voltam ao plenário nesta sexta para analisar quatro destaques – sugestões de mudanças em trechos específicos do texto. "A condução do presidente Artur Lira foi muito republicana. Ouviu todo mundo, só colocou na pauta quando tinha segurança de que tinha conseguido quase um consenso, só os extremistas quiseram demarcar [posição], mas não foi suficiente para impedir o placar absolutamente expressivo da vontade nacional. Quase 400 votos, num tema tão delicado quanto esse, imagina o esforço espiritual de cada um de nós para atingir esse objetivo", declarou. Haddad comemorou a aprovação, vista como uma vitória do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no parlamento. O texto-base foi aprovado em primeiro turno com 382 votos favoráveis – número bem acima dos 308 necessários para uma proposta de emenda à Constituição (PEC). "Senti que as pessoas estavam genuinamente abertas ao diálogo porque sabem a importância da reforma para o Brasil", declarou ao chegar ao ministério. O ministro afirmou que recebeu telefonemas de senadores com elogios ao texto da Câmara e que alguns pedidos do Senado já estariam contemplados pela reforma aprovada na madrugada desta sexta-feira (7). “[Os senadores] também estão otimistas em relação à tramitação no Senado, que deve acontecer agora no segundo semestre, depois do recesso”, disse. A expectativa de Haddad é que a Câmara vote ainda nesta sexta o projeto que restabelece o voto de desempate do governo no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Enviado pelo governo Lula ao Congresso, o texto prevê que o Executivo volte a ser beneficiado em caso de empates em julgamentos no Carf, instância de recursos sobre temas ligados à Receita Federal. Até a manhã desta sexta, ainda não havia consenso para aprovar o texto em plenário. O projeto foi incluído por Lira na lista de temas da "supersemana" de esforço concentrado, mas as negociações dos últimos dias ainda não geraram um texto de consenso. O projeto tramita em regime de urgência e está travando a pauta da Câmara, impedindo a votação do marco fiscal. Questionado sobre a possibilidade de aprovação do arcabouço ainda nesta sexta-feira (7), Haddad disse não saber “se dá tempo”, mas que o “marco fiscal está praticamente aprovado”.

Reforma tributária: Haddad diz que Lira foi 'grande liderança' e só 'extremistas' se opuseram ao texto
Câmara aprovou PEC em dois turnos na madrugada de quinta para sexta, com placar amplo. Deputados se reúnem nesta sexta para analisar quatro trechos; depois, reforma vai para o Senado. Fernando Haddad sobre reforma tributária: ‘Não haverá briga federativa’ O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (7) que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), foi uma "grande liderança" na aprovação da reforma tributária pelos deputados. "Liguei para ele [Lira], evidentemente. Foi uma grande liderança, teve um papel fundamental. Está todo mundo de parabéns", declarou. Ainda segundo Haddad, "só os extremistas" se opuseram ao texto aprovado em dois turnos na madrugada de quinta (6) para sexta. Os deputados voltam ao plenário nesta sexta para analisar quatro destaques – sugestões de mudanças em trechos específicos do texto. "A condução do presidente Artur Lira foi muito republicana. Ouviu todo mundo, só colocou na pauta quando tinha segurança de que tinha conseguido quase um consenso, só os extremistas quiseram demarcar [posição], mas não foi suficiente para impedir o placar absolutamente expressivo da vontade nacional. Quase 400 votos, num tema tão delicado quanto esse, imagina o esforço espiritual de cada um de nós para atingir esse objetivo", declarou. Haddad comemorou a aprovação, vista como uma vitória do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no parlamento. O texto-base foi aprovado em primeiro turno com 382 votos favoráveis – número bem acima dos 308 necessários para uma proposta de emenda à Constituição (PEC). "Senti que as pessoas estavam genuinamente abertas ao diálogo porque sabem a importância da reforma para o Brasil", declarou ao chegar ao ministério. O ministro afirmou que recebeu telefonemas de senadores com elogios ao texto da Câmara e que alguns pedidos do Senado já estariam contemplados pela reforma aprovada na madrugada desta sexta-feira (7). “[Os senadores] também estão otimistas em relação à tramitação no Senado, que deve acontecer agora no segundo semestre, depois do recesso”, disse. A expectativa de Haddad é que a Câmara vote ainda nesta sexta o projeto que restabelece o voto de desempate do governo no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Enviado pelo governo Lula ao Congresso, o texto prevê que o Executivo volte a ser beneficiado em caso de empates em julgamentos no Carf, instância de recursos sobre temas ligados à Receita Federal. Até a manhã desta sexta, ainda não havia consenso para aprovar o texto em plenário. O projeto foi incluído por Lira na lista de temas da "supersemana" de esforço concentrado, mas as negociações dos últimos dias ainda não geraram um texto de consenso. O projeto tramita em regime de urgência e está travando a pauta da Câmara, impedindo a votação do marco fiscal. Questionado sobre a possibilidade de aprovação do arcabouço ainda nesta sexta-feira (7), Haddad disse não saber “se dá tempo”, mas que o “marco fiscal está praticamente aprovado”.