Idoso e deficiente auditivo que não recebiam salário há mais de 15 anos são resgatados de condição análoga à escravidão, diz MPT
Ação faz parte de operação realizada em Munhoz de Mello, Londrina e em Prudentópolis. Responsáveis vão responder por colocar trabalhadores em condições degradantes de trabalho. Idoso e deficiente auditivo são resgatados em condição análoga à escravidão, diz MPT Reprodução/RPC Um idoso e um deficiente auditivo foram resgatados em condições análogas à escravidão nesta sexta-feira (23) em duas cidades do Paraná. De acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT), o deficiente auditivo não recebia salário há mais de 30 anos; o idoso há mais de 15. Ambos viviam em condições precárias em propriedades rurais de Londrina e Prudentópolis. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram De acordo com o auditor-fiscal do Trabalho, Joel Darcie, os proprietários responsáveis pelos locais vão responder pelo crime que coloca o trabalhador em condições degradantes de trabalho. "Os dois empregadores vão responder pelo crime de redução do trabalhador à condição análoga de escravo previsto no artigo 149 do Código Penal, na modalidade condições degradantes", disse. A operação foi do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) com participação da Defensoria Pública da União e da Polícia Federal entre quinta-feira (22) e na manhã desta sexta (23). Em Munhoz de Mello, uma das cidades alvo da operação, não foram encontradas irregularidades. Resgate O idoso trabalhava em Prudentópolis e de acordo com o auditor ele atuava na criação de gado e cultivo de fumo. Ele não recebia salário há 15 anos. Por sua vez, em Londrina, um homem com deficiência auditiva não recebia salários há 30 anos. Ele confeccionava vassouras artesanais. 'Ainda estou recuperando a minha dignidade', relata vítima resgatada de trabalho análogo à escravidão no PR Idoso e deficiente auditivo são resgatados em condição análoga à escravidão, diz MPT MTE/divulgação O proprietário da fazendo de Londrina fez um acordo com o funcionário para pagar as verbas rescisórias de forma parcelada que chegam a R$ 500 mil. O dono responsável pela propriedade de Prudentópolis não firmou acordo com o trabalhador e será julgado na Justiça Trabalhista, segundo o audito-fiscal. "Os dois casos os empregadores foram notificados a cessarem a atividade, suspender violação de direitos. Os trabalhadores receberão três parcelas de seguro desemprego no valor de um salário mínimo", disse o auditor-fiscal. As duas vítimas vão receber seguro desemprego na modalidade especial para o trabalhador resgatado. Situação degradante Idoso e deficiente auditivo são resgatados em condição análoga à escravidão, diz MPT MTE/divulgação Ambas as vítimas viviam e dormiam em espaços improvisados, como um paiol de madeira e trabalhavam sem proteção. De acordo com o MTE, as condições que os trabalhadores viviam não atendiam à legislação trabalhista. Os locais foram interditados. Resgate no Paraná Dados do Observatório da Erradicação do Trabalho Escravo e Tráfico de Pessoas mostram que, entre 1995 e 2022, o Paraná resgatou, em média, 43 pessoas vítimas do crime por ano. Ao todo, foram 1.223 pessoas resgatadas no período. As cidades do estado com mais vítimas retiradas de condições análogas à escravidão nos anos analisado são: Perobal: 125 pessoas Cerro Azul: 110 pessoas Tunas do Paraná: 97 pessoas Palmas: 95 pessoas Engenheiro Beltrão: 92 pessoas Campina do Simão: 81 pessoas General Carneiro: 78 pessoas Irati: 58 pessoas Leia mais. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 PR Veja mais notícias da região no g1 Norte e Noroeste.
Ação faz parte de operação realizada em Munhoz de Mello, Londrina e em Prudentópolis. Responsáveis vão responder por colocar trabalhadores em condições degradantes de trabalho. Idoso e deficiente auditivo são resgatados em condição análoga à escravidão, diz MPT Reprodução/RPC Um idoso e um deficiente auditivo foram resgatados em condições análogas à escravidão nesta sexta-feira (23) em duas cidades do Paraná. De acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT), o deficiente auditivo não recebia salário há mais de 30 anos; o idoso há mais de 15. Ambos viviam em condições precárias em propriedades rurais de Londrina e Prudentópolis. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram De acordo com o auditor-fiscal do Trabalho, Joel Darcie, os proprietários responsáveis pelos locais vão responder pelo crime que coloca o trabalhador em condições degradantes de trabalho. "Os dois empregadores vão responder pelo crime de redução do trabalhador à condição análoga de escravo previsto no artigo 149 do Código Penal, na modalidade condições degradantes", disse. A operação foi do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) com participação da Defensoria Pública da União e da Polícia Federal entre quinta-feira (22) e na manhã desta sexta (23). Em Munhoz de Mello, uma das cidades alvo da operação, não foram encontradas irregularidades. Resgate O idoso trabalhava em Prudentópolis e de acordo com o auditor ele atuava na criação de gado e cultivo de fumo. Ele não recebia salário há 15 anos. Por sua vez, em Londrina, um homem com deficiência auditiva não recebia salários há 30 anos. Ele confeccionava vassouras artesanais. 'Ainda estou recuperando a minha dignidade', relata vítima resgatada de trabalho análogo à escravidão no PR Idoso e deficiente auditivo são resgatados em condição análoga à escravidão, diz MPT MTE/divulgação O proprietário da fazendo de Londrina fez um acordo com o funcionário para pagar as verbas rescisórias de forma parcelada que chegam a R$ 500 mil. O dono responsável pela propriedade de Prudentópolis não firmou acordo com o trabalhador e será julgado na Justiça Trabalhista, segundo o audito-fiscal. "Os dois casos os empregadores foram notificados a cessarem a atividade, suspender violação de direitos. Os trabalhadores receberão três parcelas de seguro desemprego no valor de um salário mínimo", disse o auditor-fiscal. As duas vítimas vão receber seguro desemprego na modalidade especial para o trabalhador resgatado. Situação degradante Idoso e deficiente auditivo são resgatados em condição análoga à escravidão, diz MPT MTE/divulgação Ambas as vítimas viviam e dormiam em espaços improvisados, como um paiol de madeira e trabalhavam sem proteção. De acordo com o MTE, as condições que os trabalhadores viviam não atendiam à legislação trabalhista. Os locais foram interditados. Resgate no Paraná Dados do Observatório da Erradicação do Trabalho Escravo e Tráfico de Pessoas mostram que, entre 1995 e 2022, o Paraná resgatou, em média, 43 pessoas vítimas do crime por ano. Ao todo, foram 1.223 pessoas resgatadas no período. As cidades do estado com mais vítimas retiradas de condições análogas à escravidão nos anos analisado são: Perobal: 125 pessoas Cerro Azul: 110 pessoas Tunas do Paraná: 97 pessoas Palmas: 95 pessoas Engenheiro Beltrão: 92 pessoas Campina do Simão: 81 pessoas General Carneiro: 78 pessoas Irati: 58 pessoas Leia mais. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 PR Veja mais notícias da região no g1 Norte e Noroeste.