Lula diz que vai fechar acordo entre Mercosul e União Europeia 'ainda esse ano, se Deus quiser'
Blocos negociam acordo comercial há mais de duas décadas, mas ainda há entraves. Lula está no México para posse da nova presidente, Claudia Sheinbaum, marcada para esta terça. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante evento com empresários no México Reprodução/Canal Gov O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (30), em discurso na Cidade do México, que espera concluir as negociações do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia ainda este ano. O acordo entre os dois blocos vem sendo costurado há mais de 20 anos e já até foi assinado, mas ainda esbarra em pendências ligadas a temas comerciais e ambientais. "E quero dizer para os companheiros empresários mexicanos: ainda esse ano, se Deus quiser, nós vamos fechar o acordo Mercosul e União Europeia. Está pronto. E o Brasil está pronto para assinar esse acordo", disse Lula. O presidente disse ainda acreditar que o acordo pode ser ampliado do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia) para incluir toda a América Latina. "Para ninguém nunca mais falar que é a América do Sul que não quer, que é a América Latina que não quer. E esse acordo da UE com a América do Sul pode ser extendido para um acordo da UE com a América Latina. O mundo está precisando disso. A economia está um pouco atrofiada no mundo inteiro. E nós temos mercado para isso", declarou. Bruno Carazza analisa a relevância comercial do Mercosul Lula participou da abertura de um fórum na Cidade do México que reúne empresários dos dois países. O presidente viajou ao México para a posse da nova presidente, Claudia Sheinbaum, marcada para esta terça-feira (1º). Desde que tomou posse no terceiro mandato, em janeiro de 2023, Lula vem criticando a postura de países da União Europeia, como a França, que vêm travando a conclusão do acordo comercial. Nesta segunda, chegou a dizer que os blocos deveriam levar à reunião apenas "quem for favorável". "Eu agora, quando quero fazer uma reunião, eu peço ao meu pessoal: só leve quem for favorável. Quem for contra fica aqui. Se você faz uma reunião para aprovar uma coisa e coloca alguém que é contra, não vai ter acordo", disse. Acordos com o México Lula incentivou que empresários mexicanos invistam no Brasil. Ele afirmou Brasil e México devem ampliar a relação comercial e precisão rever seus acordos na área. "Eu penso inclusive que os nossos acordos comerciais precisam ser revistos e refeitos o mais rápido possível", afirmou. Lula viajou ao México para participar da posse da nova presidente do país, Claudia Sheinbaum, nesta terça-feira (1º). Ele elogiou a nova chefe de Estado, a primeira mulher a governar o país latino. "Ela está montando um governo que, pelo começo, parece que vai ser um governo comprometido com as melhores práticas do exercício da democracia e da relação plural que o México tem que ter com o mundo e que o Brasil tem que ter com o México", declarou. Discurso em Nova York Lula já havia falado que o Mercosul está pronto para assinar o acordo após se reunir com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em Nova York, na semana passada. O presidente esteve nos Estados Unidos para participar da Assembleia Geral da ONU. “Nunca estive tão otimista com o acordo União Europeia-Mercosul. Ontem, eu disse à Ursula von der Leyen que o Brasil está pronto para assinar o acordo, que agora a responsabilidade é toda da União Europeia e não do Brasil. Porque durante 20 anos se jogava a culpa nos países do Mercosul”, disse o presidente após o encontro com a presidente. Lula afirmou ainda que sugeriu que a assinatura do acordo ocorra durante a Cúpula do G20 — grupo que reúne as maiores economias do mundo —, que será realizada em novembro, no Rio de Janeiro, ou em uma reunião na sede da União Europeia. “Temos muitos outros acordos para fazer. Preciso fazer acordos estratégicos com a Índia, porque é um país muito grande. O nosso comércio bilateral é muito pequeno, se você imaginar as duas economias. Queremos trabalhar melhor a questão da China, da União Europeia, queremos voltar a trabalhar as nossas políticas na América do Sul, na América Latina”, declarou o presidente em Nova York.
Blocos negociam acordo comercial há mais de duas décadas, mas ainda há entraves. Lula está no México para posse da nova presidente, Claudia Sheinbaum, marcada para esta terça. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante evento com empresários no México Reprodução/Canal Gov O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (30), em discurso na Cidade do México, que espera concluir as negociações do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia ainda este ano. O acordo entre os dois blocos vem sendo costurado há mais de 20 anos e já até foi assinado, mas ainda esbarra em pendências ligadas a temas comerciais e ambientais. "E quero dizer para os companheiros empresários mexicanos: ainda esse ano, se Deus quiser, nós vamos fechar o acordo Mercosul e União Europeia. Está pronto. E o Brasil está pronto para assinar esse acordo", disse Lula. O presidente disse ainda acreditar que o acordo pode ser ampliado do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia) para incluir toda a América Latina. "Para ninguém nunca mais falar que é a América do Sul que não quer, que é a América Latina que não quer. E esse acordo da UE com a América do Sul pode ser extendido para um acordo da UE com a América Latina. O mundo está precisando disso. A economia está um pouco atrofiada no mundo inteiro. E nós temos mercado para isso", declarou. Bruno Carazza analisa a relevância comercial do Mercosul Lula participou da abertura de um fórum na Cidade do México que reúne empresários dos dois países. O presidente viajou ao México para a posse da nova presidente, Claudia Sheinbaum, marcada para esta terça-feira (1º). Desde que tomou posse no terceiro mandato, em janeiro de 2023, Lula vem criticando a postura de países da União Europeia, como a França, que vêm travando a conclusão do acordo comercial. Nesta segunda, chegou a dizer que os blocos deveriam levar à reunião apenas "quem for favorável". "Eu agora, quando quero fazer uma reunião, eu peço ao meu pessoal: só leve quem for favorável. Quem for contra fica aqui. Se você faz uma reunião para aprovar uma coisa e coloca alguém que é contra, não vai ter acordo", disse. Acordos com o México Lula incentivou que empresários mexicanos invistam no Brasil. Ele afirmou Brasil e México devem ampliar a relação comercial e precisão rever seus acordos na área. "Eu penso inclusive que os nossos acordos comerciais precisam ser revistos e refeitos o mais rápido possível", afirmou. Lula viajou ao México para participar da posse da nova presidente do país, Claudia Sheinbaum, nesta terça-feira (1º). Ele elogiou a nova chefe de Estado, a primeira mulher a governar o país latino. "Ela está montando um governo que, pelo começo, parece que vai ser um governo comprometido com as melhores práticas do exercício da democracia e da relação plural que o México tem que ter com o mundo e que o Brasil tem que ter com o México", declarou. Discurso em Nova York Lula já havia falado que o Mercosul está pronto para assinar o acordo após se reunir com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em Nova York, na semana passada. O presidente esteve nos Estados Unidos para participar da Assembleia Geral da ONU. “Nunca estive tão otimista com o acordo União Europeia-Mercosul. Ontem, eu disse à Ursula von der Leyen que o Brasil está pronto para assinar o acordo, que agora a responsabilidade é toda da União Europeia e não do Brasil. Porque durante 20 anos se jogava a culpa nos países do Mercosul”, disse o presidente após o encontro com a presidente. Lula afirmou ainda que sugeriu que a assinatura do acordo ocorra durante a Cúpula do G20 — grupo que reúne as maiores economias do mundo —, que será realizada em novembro, no Rio de Janeiro, ou em uma reunião na sede da União Europeia. “Temos muitos outros acordos para fazer. Preciso fazer acordos estratégicos com a Índia, porque é um país muito grande. O nosso comércio bilateral é muito pequeno, se você imaginar as duas economias. Queremos trabalhar melhor a questão da China, da União Europeia, queremos voltar a trabalhar as nossas políticas na América do Sul, na América Latina”, declarou o presidente em Nova York.