Dólar e Ibovespa fecham em queda, à espera de decisões de juros do Copom e do Fed na Superquarta
A moeda norte-americana caiu 0,59%, cotada em R$ 5,6245. Já o principal índice de ações da bolsa teve recuo de 0,40%, aos 126.979 pontos. Cédulas de dólar Pexels O dólar e o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, fecharam em queda nesta segunda-feira (29), dando início a uma semana agitada nos mercados, com uma série de indicadores, balanços corporativos e decisões de juros previstos para os próximos dias. Por aqui, a principal expectativa dos investidores fica com a nova decisão de juros do Banco Central. O mercado espera uma nova manutenção das taxas, além de um endurecimento do tom por parte do Comitê de Política Monetária (Copom). Já no exterior, o mercado segue atento aos bancos centrais do Japão, do Reino Unido e dos EUA, que também devem tomar decisões de política monetária nesta semana. O destaque fica com o Federal Reserve (Fed, o BC norte-americano), com investidores atentos a eventuais sinais sobre quando o ciclo de cortes de juros deve começar na maior economia do mundo. Uma série de indicadores fiscais e de atividade domésticos e internacionais também ficam no radar, bem como vários balanços corporativos de empresas sediadas aqui e no exterior. Veja abaixo o resumo dos mercados. ENTENDA: A cronologia da disparada do dólar motivada pelos juros nos EUA, o cenário fiscal brasileiro e as declarações de Lula CONSEQUÊNCIAS: Alta do dólar deve pressionar inflação e impactar consumo das famílias no 2º semestre, dizem especialistas Dólar O dólar fechou em queda de 0,59%, cotado em R$ 5,6245. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou: queda de 0,59% na semana; ganho de 0,65% no mês; alta de 15,91% no ano. Na última sexta-feira (26), a moeda norte-americana teve alta de 0,18%, cotada em R$ 5,6578. Ibovespa O Ibovespa teve queda de 0,40%, aos 126.979 pontos. Com o resultado, o Ibovespa acumulou: queda de 0,40% na semana; ganhos de 2,48% no mês; perdas de 5,37% no ano. Na última sexta-feira, o índice fechou em alta de 1,22%, aos 127.492 pontos. LEIA TAMBÉM 30 anos do Real: como era a vida antes do plano econômico que deu origem à moeda brasileira DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? Em uma semana recheada de indicadores e notícias que podem movimentar os mercados, a principal expectativas dos investidores fica com a Superquarta, quando os bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos devem anunciar suas decisões de juros. Por aqui, a expectativa do mercado é que o Copom mantenha a taxa básica de juros (Selic) inalterada mais uma vez, em 10,5% ao ano. Em entrevista à agência de notícias Reuters na última sexta-feira, o secretário de política econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, afirmou que as taxas de juros no país estão muito acima do considerado neutro para a economia, mas reiterou que o ambiente não melhorou significativamente desde a última reunião do Copom, em junho. "O que o Copom decidiu na última reunião era que diante dessas incertezas crescentes — que evidentemente geram também desancoragem das expectativas domésticas e que têm afetado o preço de alguns ativos, como por exemplo a taxa de câmbio — ele preferiu interromper e aguardar, manter essa taxa de juros", disse Mello à Reuters. "O que eu observo é que esse conjunto de incertezas ainda existe", acrescentou. O relatório Focus do BC, que reúne projeções de agentes do mercado financeiro, indicou uma nova elevação das estimativas de inflação para este ano, de 4,05% para 4,10%. Além disso, analistas sinalizam que ainda há grande expectativa em relação ao quadro fiscal do país. Nesta segunda-feira, o BC informou que as contas do setor público consolidado apresentaram um déficit (despesas maiores que receitas) primário de R$ 43,4 bilhões no primeiro semestre deste ano. O resultado foi mais do que o dobro registrado em igual período de 2023, quando o resultado negativo somou R$ 20,4 bilhões. Na noite do último domingo (28), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um pronunciamento em rede nacional, apresentando um balanço das ações de seu governo, que completou um ano e meio. Durante seu discurso, Lula afirmou que não vai abrir mão da responsabilidade fiscal. "Entre as muitas lições de vida que recebi de minha mãe, dona Lindu, aprendi a não gastar mais do que ganho. É essa responsabilidade que está nos permitindo ajudar a população do Rio Grande do Sul com recursos federais. Aprovamos uma reforma tributária que vai descomplicar a economia e reduzir o preço dos alimentos e produtos essenciais, inclusive a carne", afirmou o presidente. O foco nos juros também acontece no ambiente internacional, em meio às expectativas pelas decisões de política monetária dos bancos centrais do Japão, do Reino Unido e dos Estados Unidos. Em relação ao Fed, a estimativa dos analistas é que, após os sinais de arrefecimento da
A moeda norte-americana caiu 0,59%, cotada em R$ 5,6245. Já o principal índice de ações da bolsa teve recuo de 0,40%, aos 126.979 pontos. Cédulas de dólar Pexels O dólar e o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, fecharam em queda nesta segunda-feira (29), dando início a uma semana agitada nos mercados, com uma série de indicadores, balanços corporativos e decisões de juros previstos para os próximos dias. Por aqui, a principal expectativa dos investidores fica com a nova decisão de juros do Banco Central. O mercado espera uma nova manutenção das taxas, além de um endurecimento do tom por parte do Comitê de Política Monetária (Copom). Já no exterior, o mercado segue atento aos bancos centrais do Japão, do Reino Unido e dos EUA, que também devem tomar decisões de política monetária nesta semana. O destaque fica com o Federal Reserve (Fed, o BC norte-americano), com investidores atentos a eventuais sinais sobre quando o ciclo de cortes de juros deve começar na maior economia do mundo. Uma série de indicadores fiscais e de atividade domésticos e internacionais também ficam no radar, bem como vários balanços corporativos de empresas sediadas aqui e no exterior. Veja abaixo o resumo dos mercados. ENTENDA: A cronologia da disparada do dólar motivada pelos juros nos EUA, o cenário fiscal brasileiro e as declarações de Lula CONSEQUÊNCIAS: Alta do dólar deve pressionar inflação e impactar consumo das famílias no 2º semestre, dizem especialistas Dólar O dólar fechou em queda de 0,59%, cotado em R$ 5,6245. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou: queda de 0,59% na semana; ganho de 0,65% no mês; alta de 15,91% no ano. Na última sexta-feira (26), a moeda norte-americana teve alta de 0,18%, cotada em R$ 5,6578. Ibovespa O Ibovespa teve queda de 0,40%, aos 126.979 pontos. Com o resultado, o Ibovespa acumulou: queda de 0,40% na semana; ganhos de 2,48% no mês; perdas de 5,37% no ano. Na última sexta-feira, o índice fechou em alta de 1,22%, aos 127.492 pontos. LEIA TAMBÉM 30 anos do Real: como era a vida antes do plano econômico que deu origem à moeda brasileira DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O que está mexendo com os mercados? Em uma semana recheada de indicadores e notícias que podem movimentar os mercados, a principal expectativas dos investidores fica com a Superquarta, quando os bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos devem anunciar suas decisões de juros. Por aqui, a expectativa do mercado é que o Copom mantenha a taxa básica de juros (Selic) inalterada mais uma vez, em 10,5% ao ano. Em entrevista à agência de notícias Reuters na última sexta-feira, o secretário de política econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, afirmou que as taxas de juros no país estão muito acima do considerado neutro para a economia, mas reiterou que o ambiente não melhorou significativamente desde a última reunião do Copom, em junho. "O que o Copom decidiu na última reunião era que diante dessas incertezas crescentes — que evidentemente geram também desancoragem das expectativas domésticas e que têm afetado o preço de alguns ativos, como por exemplo a taxa de câmbio — ele preferiu interromper e aguardar, manter essa taxa de juros", disse Mello à Reuters. "O que eu observo é que esse conjunto de incertezas ainda existe", acrescentou. O relatório Focus do BC, que reúne projeções de agentes do mercado financeiro, indicou uma nova elevação das estimativas de inflação para este ano, de 4,05% para 4,10%. Além disso, analistas sinalizam que ainda há grande expectativa em relação ao quadro fiscal do país. Nesta segunda-feira, o BC informou que as contas do setor público consolidado apresentaram um déficit (despesas maiores que receitas) primário de R$ 43,4 bilhões no primeiro semestre deste ano. O resultado foi mais do que o dobro registrado em igual período de 2023, quando o resultado negativo somou R$ 20,4 bilhões. Na noite do último domingo (28), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um pronunciamento em rede nacional, apresentando um balanço das ações de seu governo, que completou um ano e meio. Durante seu discurso, Lula afirmou que não vai abrir mão da responsabilidade fiscal. "Entre as muitas lições de vida que recebi de minha mãe, dona Lindu, aprendi a não gastar mais do que ganho. É essa responsabilidade que está nos permitindo ajudar a população do Rio Grande do Sul com recursos federais. Aprovamos uma reforma tributária que vai descomplicar a economia e reduzir o preço dos alimentos e produtos essenciais, inclusive a carne", afirmou o presidente. O foco nos juros também acontece no ambiente internacional, em meio às expectativas pelas decisões de política monetária dos bancos centrais do Japão, do Reino Unido e dos Estados Unidos. Em relação ao Fed, a estimativa dos analistas é que, após os sinais de arrefecimento da inflação norte-americana em junho, o BC dos EUA finalmente indique estar pronto para dar início ao corte de juros na reunião de setembro. Na agenda, uma série de indicadores de emprego e atividade são esperados para esta semana, além de vários balanços corporativos de empresas sediadas no Brasil e no exterior. *Com informações da agência de notícias Reuters.